Crescemos
tomando “Cuba libre”, e achando que endurecer-se sem perder a
ternura é algo romântico. Pois bem, nos fudemos, e agora não dá
para reclamar. Mas acho que ainda dá para tentar pelo menos
compreender como chegamos até tal ponto. Sim, a nação está se
dissolvendo porque foi vendida para a esquerda – que obviamente,
não pagou por ela.
O que a
esquerda defende publicamente é um Estado Máximo, com tributação
pesadíssima e até com a tomada dos meios de produção (manifesto
do PSB), com a distribuição dessa massa de dinheiro para as camadas
"mais pobres" da população. Segundo eles, o panorama
ideal seria que uma empresa não tivesse lucro, e o dono da empresa
ganhasse o mesmo que qualquer outro funcionário. Como a capacidade
produtiva de um militante típico da esquerda é apenas e tão
somente medíocre, a tese da mais valia é disseminada com facilidade
– quem não sabe produzir riquezas atribui a sua própria miséria
a quem sabe. Na prática sabemos que em todos governos socialistas do
planeta a constante sempre foi uma população totalmente
empobrecida, liderada por uma elite riquíssima pertencente a um
único ParTido. Nunca houve um único governo realmente socialista
democrático, a própria implementação do socialismo pressupõe uma
ditadura.
Então,
engana-se quem acredita que um governo socialista em tese pudesse
buscar em algum momento algo de bom para o povo – o que importa é
sempre o poder, e poder absoluto. Ah, sim, as teorias socialistas
podem sim pregar algo de bom para o povo, e como tal sempre se
sobressai a “distribuição de renda”. Esta é de longe a maior
mentira do socialismo, pois renda não se distribui – renda se cria
ou não se cria. Sempre haverá alguém que irá receber, e outro que
irá pagar. Se tivermos apenas pessoas recebendo, ninguém irá pagar
a economia entra em colapso, justamente o que está acontecendo neste
momento no Brasil.
Um grande
exemplo disso pode ser a nossa política trabalhista.
Na
prática, a voracidade arrecadatória e a legislação trabalhista
fazem com que apenas algo ao redor de 25% da quantia demandada por
uma empresa como custo empregatício seja efetivamente utilizada por
um funcionário - três quartos do que uma empresa tem de custo com
seus funcionários são revertidos imediatamente ou posteriormente na
forma de impostos e taxas. Sim, matematicamente para cada um real
pago para um funcionário, incide outro real em custo trabalhista, o
que de cara já coloca o salário como METADE do efetivamente pago
pela empresa. Da metade que sobra para o funcionário, uma parte é
paga diretamente como IRPF, e a outra parte é paga nos altíssimos
impostos incidentes em TUDO o que se consome. Quem opta por adquirir
bens financiados, além de impostos ainda paga juros, ou seja, tem
uma quantia ainda menor efetivamente disponível para seu proveito.
Com
aproximadamente um terço da massa de trabalho nacional paralisada
recebendo bolsas, o peso de sustentar a economia recaiu sobre uma
parcela cada vez menor de empreendedores e trabalhadores, ou seja, ao
invés de se ter uma concentração de renda (que se dizia existir),
ocorreu exatamente o inverso, houve uma concentração de tributação.
As
empresas são obrigadas a declarar todas as entradas como se fossem
renda, e os mecanismos arrecadatórios nacionais são muito
eficientes em relação às empresas, cujos dirigentes podem até
responder criminalmente se os contadores cometerem algum erro. Então
toda vez que o governo precisa de mais dinheiro, pressiona cada vez
mais as empresas, até o ponto em que a atividade produtiva e
comercial deixa de ser viável economicamente - os impostos são tão
certos quanto a morte, mas o lucro é apenas uma possibilidade. Só
que sem lucro, a empresa não existe.
Como a
esquerda prega que a culpa de sua pobreza é o lucro da empresa (mais
valia), então tudo se faz para pressionar as empresas. Só que se a
empresa não dá lucro no Brasil, ela simplesmente baixa as portas e
vai para um país viável. Nós não somos mais um país viável.
O Estado
Brasileiro já atingiu o objetivo de controlar minuciosamente todas
as atividades dos cidadãos pacatos e de bem - infelizmente perdeu
completamente o controle sobre quem não se importa em descumprir
leis, ou pior, um grande número de pessoas simplesmente descobriu
que é viável se viver exclusivamente da prática de crimes. Na
prática, o sistema já não prende quem pratica crimes de furto,
apenas para mencionar um exemplo. E os que praticam crimes mais
graves são amplamente beneficiados com um número cada vez maior de
leis e regras que forçam a diminuição das penas cumpridas em
regime fechado, pois o Estado simplesmente não tem mais estrutura
para prender e para manter presos tais elementos.
A saga
arrecadatória do Brasil não é recente, aqui a própria
Constituição Federal foi construída de forma a permitir que
qualquer ente público crie e aplique impostos sobre toda e qualquer
atividade imaginável.
Só para
se ter um exemplo, vejamos o que acontece na produção de um
veículo:
-
alguém extrai minérios, paga impostos sobre a extração, comercialização do minério, paga seus funcionários, máquinas, equipamentos (tudo com impostos), recolhe tributos ao vender o minério, e paga impostos sobre o lucro.
-
Este minério vai para uma siderúrgica (vamos fazer de conta que é aqui no Brasil), existe toda a cadeia de transporte, com veículos, combustível, funcionários, tudo tributado;
-
Este minério entra em uma siderúrgica, com todos os equipamentos e máquinas devidamente tributados, funcionários idem. É feito o processamento do minério até se transformar nos diversos tipos de aço necessários para se produzir um veículo. Tudo é vendido com impostos na nota, e existe novamente o imposto sobre o lucro;
-
O aço é transportado para as metalúrgicas fornecedoras das montadoras, que tem todas as suas máquinas e equipamentos tributados, funcionários idem. As metalúrgicas processam o material produzindo as peças, que são vendidas para as montadoras, com impostos sobre o valor da nota fiscal, e depois o imposto sobre o lucro;
-
As peças são transportadas para as montadoras, com a incidência de impostos sobre toda a operação, funcionários, etc. Depois, vem novamente imposto sobre o lucro.
-
As montadoras recebem as peças das metalúrgicas e de centenas de outros fornecedores, inclusive hoje vem muito material importado, com IPI e Imposto de Importação incidindo sobre o que não foi produzido no Brasil. Os veículos são montados, são pagos os funcionários com todos os custos paralelos e impostos, os veículos são vendidos para as concessionárias, com todos os impostos na nota fiscal, e depois, imposto sobre o lucro;
-
Os veículos são transportados, com todos os custos de se transportar algo no Brasil;
-
Os veículos chegam nas concessionárias, são lavados e revisados, vendidos e entregues para os consumidores, com todos os custos trabalhistas, impostos na nota fiscal, mais imposto sobre o lucro.
De tudo
isso, percebe-se que quem EFETIVAMENTE ganhou dinheiro de ponta a
ponta de todo o processo, foi o governo. Antigamente o governo
investia para fazer a hidrelétrica, a estrada, o porto, ou seja, o
governo se endividava para fazer a infraestrutura, mas as empresas
tinham o ambiente necessário para se instalar e produzir – os
impostos deveriam cobrir os custos da infraestrutura. Hoje, estamos
utilizando a infraestrutura sucateada construída há décadas, e as
empresas para se instalar precisam inclusive GERAR A PRÓPRIA
ELETRICIDADE, além de construir braços de ferrovia ou rodovia como
parte de seus próprios projetos. Os impostos aumentaram muito, mas
deixou de se oferecer infraestrutura. O
custo de se produzir no Brasil aumentou exponencialmente.
Não
bastasse tudo isso, nos últimos anos as riquezas do país começaram
a ser desviadas para republiquetas de mierda, sendo o primeiro caso
notável o da entrega das instalações da Petrobrás para a Bolívia.
O
volume de dinheiro demandado em perdão de dívidas, empréstimos a
fundo perdido, financiamento de infraestrutura e aquisição de
títulos de dívida pública em ditaduras comunistas arrebentaram os
fundos de pensão, além de terem sido feitos com dinheiro
inflacionário, oriundo do BNDES.
Algum
dia alguém fará um levantamento dos montantes em que estamos sendo
roubados. Cálculos superficiais apontam para a casa dos TRILHÕES de
dólares.
A economia
teria entrado em recessão prematuramente, aí veio a ideia “jenial”,
ou seja, do jerico que se acha Keines: deu-se crédito amplo e fácil
para todos, até mesmo para quem não tinha capacidade econômica
para obter empréstimos. Acobertou-se isso sob o falso manto de uma
“justiça social” onde quem não tem renda agora podia comprar
uma casa e um carro “mil1”.
O
resultado foi um “boom” momentâneo na produção e vendas, mas o
mercado logo se saturou, os bens não foram pagos. Como
resultado uma extensa camada da população perdeu totalmente sua
capacidade de compra, o comércio paralisou, os bancos retomaram os
bens e não tem para quem vender, porque não existe mercado para
tanto. No
momento a seguir a indústria começou a desinvestir, o desemprego
acelera-se a cada dia tanto na indústria quanto no comércio, e isto
se reflete duplamente no mercado imobiliário – quem tem imóveis
comerciais está com os mesmos vazios, e quem antes alugava imóveis
residenciais voltou com a nova família para a casa dos pais e de
parentes. Todo o dinheiro que circulava na forma de locações
simplesmente DESAPARECEU DA ECONOMIA.
Acontece
que como os projetos da esquerda são supranacionais, chegou-se
rapidamente ao ponto em que os impostos recebidos não são
suficientes para se cobrir os rombos, tanto
pelo massivo desvio de dinheiro para fora do país, quanto pela
desaceleração da atividade econômica, que faz com que se gerem
menos impostos.
Não existe mais como tributar os que trabalham e produzem, até
mesmo por limitações legais e políticas. Aqueles que pararam de
trabalhar para receber bolsas esmola primeiramente abandonaram
voluntariamente seus empregos, hoje tais empregos não existem mais.
Aquela parcela da população que permaneceu trabalhando
está sendo despedida e indo para casa pelo DESAPARECIMENTO dos
postos de trabalho. As empresas que podem, estão baixando as portas,
perdendo o dinheiro investido a décadas, e migrando para países
viáveis2.
A diminuição do lucro das empresas faz com que investidores retirem
dinheiro das bolsas, levando o capital para outros países.
Hoje o
Brasil parou de pagar seus compromissos. Embaixadas há muito já não
tem dinheiro para pagar contas de água, luz e telefone. Bases
aéreas são fechadas por falta de dinheiro para comida, ou porque a
vigilância sanitária bloqueou a cozinha. Os órgãos públicos não
conseguem mais receber o dinheiro a eles destinados, governos
estaduais e prefeituras não conseguem sequer pagar suas
folhas
de pagamento. Serviços
terceirizados foram totalmente paralisados por falta de pagamentos,
então as cidades começam a ficar abandonadas, apesar de plenamente
habitadas.
As maiores
empreiteiras de obras públicas estão todas com seus dirigentes
presos em seguidos escândalos de corrupção, sempre com valores
BILIONÁRIOS, e só serão salvas da falência a partir de manobras
que já despontam, e que visam salvar simultaneamente corruptos e
corruptores das garras da justiça – uma justiça que em seu topo,
o STF, está hoje totalmente aparelhada por membros indicados pelo
ParTido.
No Brasil,
o governo pode dar a direção e cargos de confiança em empresas
públicas e mistas, órgãos públicos em troca de favores políticos
e votos de políticos, e isso não é sequer considerado como crime
de corrupção. Além
do prejuízo inerente ao fato de se ter pessoas não qualificadas em
sua direção, estes cargos são utilizados para produzir contratos
gravemente lesivos às instituições, sempre com gigantesco desvio
de dinheiro público.
Alguns
graves ataques à base da educação também contaram para que
chegássemos até este ponto. A modificação nos conteúdos e nos
métodos educacionais, junto com mecanismos venenosíssimo como a tal
“progressão continuada” garantiram que as novas gerações
tenham uma severa doutrinação de esquerda, sem conteúdo letivo, e
sem a obrigação de SABER. Tenho presenciado muitos alunos formados
em ensino médio que não foram alfabetizados, inclusive conheço ao
menos um que chegou ao final do primeiro ano de um curso de direito
nesta condição – com a direção da universidade pressionando a
professora de Português Jurídico a passá-lo de ano, sob pena de
perder o emprego. Casos de analfabetos funcionais são muito mais
comuns, e os encontramos comumente entre profissionais com curso
superior completo. Com isso a nação deixa de ser competitiva,
porque a ciência e tecnologia não se medem pelo número de
diplomas, mas sim pelo que os diplomados efetivamente são capazes de
produzir.
Outro
fato para o
qual
aparentemente não se dá a devida atenção, é que atualmente temos
mais de 50 mil pessoas mortas violentamente em crimes, e mais outras
50 mil mortas no
trânsito. Das 50 mil mortes criminosas, apenas algo ao redor de 4%
são esclarecidas – a maior parte entra em estatísticas gerais,
sem se saber ao certo o verdadeiro motivo, ou a autoria. São muitos
crimes cometidos por ladrões que simplesmente matam suas vítimas
sem as vezes nem conseguir levar
aquilo que roubam.
Um grande número de homicídios acontece entre traficantes, e neste
ponto, acho que morrem poucos – o número de traficantes mortos
poderia triplicar a cada ano durante anos e anos, e ainda haveria um
excesso deles por aí. Não é possível se descartar a hipótese de
muitos destes homicídios não solucionados devem se tratar de
bandidos que tentaram enfrentar policiais ou cidadãos de bem que
reagiram, mas isso não é possível saber, pelo simples fato de que
aqui no Brasil quem se defende responde criminalmente, com todas as
consequências jurídicas e reflexos financeiros diretos e indiretos
até que algum dia consiga ser eventualmente julgado inocente por um
Juiz de Direito. Nem sempre a vida de um bosta de um bandido vale
todo esse infortúnio. O fato é que enquanto as atividades
criminosas forem mais e mais interessantes e impuníveis e
continuar o peso CONTRA O CIDADÃO DE BEM,
os números da violência só aumentarão.
Como
se tudo isso não bastasse, o que se observa atualmente é as pessoas
falando de “crise”, como se a situação fosse passageira ou
condicional. As pessoas, no geral, não tem A MENOR IDEIA da extensão
das coisas. Muitos estão passando os feriados de fim de ano como se
nada estivesse acontecendo – vamos
aos supermercados, e o semblante das pessoas é exatamente o mesmo de
sempre.
Um
incêndio não cessa enquanto houver abundância de combustível e
comburente. A situação brasileira não tem nenhuma tendência de se
reverter a médio prazo, pelo simples fato de que NENHUMA DAS CAUSAS
está sendo combatida. Pelo
contrário, o ParTido fez uma tomada gramsciana do poder, o que lhe
garantiu o controle o STF, TCU e TSE, e com isso, nenhum dos crimes
cometidos pelos chefes jamais será punido – mesmo sendo de
conhecimento público.
A “crise”
não é momentânea, não é setorial, nem é local – notem que
também não é mundial. A eclosão da economia brasileira, aliada à
eclosão da estrutura social, acontece apenas nas nações
bolivarianas da América do Sul, o que inclui o nosso país. A
diminuição da atividade econômica não tem fatores que permitam
sua reversão, porque as medidas do governo não vem na forma de se
salvar a atividade econômica, mas, ao contrário, forçar cada vez
mais a tributação sobre quem ainda consegue sobreviver no mercado.
A
impunidade dos chefes do ParTido tampouco ajudam, pois sinalizam para
o mercado internacional que o Brasil está se afundando cada vez mais
e mais no comunismo bolivariano, levando a nossa economia, que já
foi a quinta do mundo, a simplesmente se esvanecer até nos tornarmos
uma segunda Venezuela.
O governo
passou a governar com Medidas Provisórias, Portarias
e Instruções Normativas,
muitas
delas inconstitucionais por não terem embasamento em Leis Federais
que lhes deem suporte, o
que é clara característica de uma ditadura.
A pá de
cal sobre tudo isso veio neste mês de Dezembro de 2015, quando o
STF, contrariando a Constituição Federal e o Regimento do Congresso
Nacional, alterou o rito de impeachment da PresidanTa da República,
de forma a dar poderes absolutórios nas mãos do Presidente do
Senado. Entre outras coisas, foram soterradas as cláusulas de
bicameralidade e de controle mútuo entre os poderes, ou seja, desde
este mês já não estamos mais vivendo sob o Estado Democrático de
Direito, nem tampouco o Brasil é mais uma República Federativa.
Estamos sob uma ditadura tão desonesta, que nem assume ser uma
ditadura, antes se auto declara como um governo democrático. O
ParTido, que lutou abertamente CONTRA a Constituição Federal de
1988, e que desde que chegou ao poder já tentou diversas vezes criar
uma nova constituinte, venceu apenas e tão somente se utilizando de
um mecanismo previsto na própria CF, que foi a nomeação dos
ministros das cortes superiores.
A última
saída, e digo isso pela primeira vez, é a intervenção
constitucional, com o Exército Brasileiro tomando o poder e fechando
o Congresso Nacional. Eu torço para que isto aconteça sob o
controle de homens de bem, e amantes de nossa pátria. Que o façam,
CRIMINALIZANDO em definitivo todas as formas de socialismo, e que
apenas após isso, sejam convocadas eleições com critérios
técnicos para quem possa se candidatar – chega de um imbecil
analfabeto poder se candidatar a Presidente da República. Como é
que alguém que sabidamente imprestável para ser síndico de um
prédio pode se candidatar a ser presidente de uma nação? Com toda
a reportada falência de nosso sistema educacional, ainda assim é
absolutamente INTOLERÁVEL que um mero vereador vote para criar uma
lei, sem ser ao menos pós graduado em Direito.
E uso com
propriedade a palavra intolerância, porque no atual contexto, sou
vítima constante da intolerância – a intolerância dos burros,
dos imbecis, dos ladrões e saqueadores.
Eu sinto
muito por tudo isso, porque nasci e cresci amando este país. Mas
enquanto a situação persistir, me nego a ter esperanças – pois
até para termos esperança, é necessário que algo de concreto
aconteça. E tudo o que está acontecendo, vem consistentemente na
direção de termos a concretização da perda de nossa soberania
nacional, derrubada de nossas divisas, e entrega do controle político
da nação a um poder externo – Cuba.
1No
Brasil existem incentivos e isenções fictícias de impostos para
veículos de até 1000cc.
2O
Paraguai, país que teve uma economia arrasada por décadas, agora
emerge rapidamente.