segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

"Cuba Libre" e Brasil na merda

Crescemos tomando “Cuba libre”, e achando que endurecer-se sem perder a ternura é algo romântico. Pois bem, nos fudemos, e agora não dá para reclamar. Mas acho que ainda dá para tentar pelo menos compreender como chegamos até tal ponto. Sim, a nação está se dissolvendo porque foi vendida para a esquerda – que obviamente, não pagou por ela.
O que a esquerda defende publicamente é um Estado Máximo, com tributação pesadíssima e até com a tomada dos meios de produção (manifesto do PSB), com a distribuição dessa massa de dinheiro para as camadas "mais pobres" da população. Segundo eles, o panorama ideal seria que uma empresa não tivesse lucro, e o dono da empresa ganhasse o mesmo que qualquer outro funcionário. Como a capacidade produtiva de um militante típico da esquerda é apenas e tão somente medíocre, a tese da mais valia é disseminada com facilidade – quem não sabe produzir riquezas atribui a sua própria miséria a quem sabe. Na prática sabemos que em todos governos socialistas do planeta a constante sempre foi uma população totalmente empobrecida, liderada por uma elite riquíssima pertencente a um único ParTido. Nunca houve um único governo realmente socialista democrático, a própria implementação do socialismo pressupõe uma ditadura.
Então, engana-se quem acredita que um governo socialista em tese pudesse buscar em algum momento algo de bom para o povo – o que importa é sempre o poder, e poder absoluto. Ah, sim, as teorias socialistas podem sim pregar algo de bom para o povo, e como tal sempre se sobressai a “distribuição de renda”. Esta é de longe a maior mentira do socialismo, pois renda não se distribui – renda se cria ou não se cria. Sempre haverá alguém que irá receber, e outro que irá pagar. Se tivermos apenas pessoas recebendo, ninguém irá pagar a economia entra em colapso, justamente o que está acontecendo neste momento no Brasil.
Um grande exemplo disso pode ser a nossa política trabalhista.
Na prática, a voracidade arrecadatória e a legislação trabalhista fazem com que apenas algo ao redor de 25% da quantia demandada por uma empresa como custo empregatício seja efetivamente utilizada por um funcionário - três quartos do que uma empresa tem de custo com seus funcionários são revertidos imediatamente ou posteriormente na forma de impostos e taxas. Sim, matematicamente para cada um real pago para um funcionário, incide outro real em custo trabalhista, o que de cara já coloca o salário como METADE do efetivamente pago pela empresa. Da metade que sobra para o funcionário, uma parte é paga diretamente como IRPF, e a outra parte é paga nos altíssimos impostos incidentes em TUDO o que se consome. Quem opta por adquirir bens financiados, além de impostos ainda paga juros, ou seja, tem uma quantia ainda menor efetivamente disponível para seu proveito.
Com aproximadamente um terço da massa de trabalho nacional paralisada recebendo bolsas, o peso de sustentar a economia recaiu sobre uma parcela cada vez menor de empreendedores e trabalhadores, ou seja, ao invés de se ter uma concentração de renda (que se dizia existir), ocorreu exatamente o inverso, houve uma concentração de tributação.
As empresas são obrigadas a declarar todas as entradas como se fossem renda, e os mecanismos arrecadatórios nacionais são muito eficientes em relação às empresas, cujos dirigentes podem até responder criminalmente se os contadores cometerem algum erro. Então toda vez que o governo precisa de mais dinheiro, pressiona cada vez mais as empresas, até o ponto em que a atividade produtiva e comercial deixa de ser viável economicamente - os impostos são tão certos quanto a morte, mas o lucro é apenas uma possibilidade. Só que sem lucro, a empresa não existe.
Como a esquerda prega que a culpa de sua pobreza é o lucro da empresa (mais valia), então tudo se faz para pressionar as empresas. Só que se a empresa não dá lucro no Brasil, ela simplesmente baixa as portas e vai para um país viável. Nós não somos mais um país viável.
O Estado Brasileiro já atingiu o objetivo de controlar minuciosamente todas as atividades dos cidadãos pacatos e de bem - infelizmente perdeu completamente o controle sobre quem não se importa em descumprir leis, ou pior, um grande número de pessoas simplesmente descobriu que é viável se viver exclusivamente da prática de crimes. Na prática, o sistema já não prende quem pratica crimes de furto, apenas para mencionar um exemplo. E os que praticam crimes mais graves são amplamente beneficiados com um número cada vez maior de leis e regras que forçam a diminuição das penas cumpridas em regime fechado, pois o Estado simplesmente não tem mais estrutura para prender e para manter presos tais elementos.
A saga arrecadatória do Brasil não é recente, aqui a própria Constituição Federal foi construída de forma a permitir que qualquer ente público crie e aplique impostos sobre toda e qualquer atividade imaginável.
Só para se ter um exemplo, vejamos o que acontece na produção de um veículo:
  • alguém extrai minérios, paga impostos sobre a extração, comercialização do minério, paga seus funcionários, máquinas, equipamentos (tudo com impostos), recolhe tributos ao vender o minério, e paga impostos sobre o lucro.
  • Este minério vai para uma siderúrgica (vamos fazer de conta que é aqui no Brasil), existe toda a cadeia de transporte, com veículos, combustível, funcionários, tudo tributado;
  • Este minério entra em uma siderúrgica, com todos os equipamentos e máquinas devidamente tributados, funcionários idem. É feito o processamento do minério até se transformar nos diversos tipos de aço necessários para se produzir um veículo. Tudo é vendido com impostos na nota, e existe novamente o imposto sobre o lucro;
  • O aço é transportado para as metalúrgicas fornecedoras das montadoras, que tem todas as suas máquinas e equipamentos tributados, funcionários idem. As metalúrgicas processam o material produzindo as peças, que são vendidas para as montadoras, com impostos sobre o valor da nota fiscal, e depois o imposto sobre o lucro;
  • As peças são transportadas para as montadoras, com a incidência de impostos sobre toda a operação, funcionários, etc. Depois, vem novamente imposto sobre o lucro.
  • As montadoras recebem as peças das metalúrgicas e de centenas de outros fornecedores, inclusive hoje vem muito material importado, com IPI e Imposto de Importação incidindo sobre o que não foi produzido no Brasil. Os veículos são montados, são pagos os funcionários com todos os custos paralelos e impostos, os veículos são vendidos para as concessionárias, com todos os impostos na nota fiscal, e depois, imposto sobre o lucro;
  • Os veículos são transportados, com todos os custos de se transportar algo no Brasil;
  • Os veículos chegam nas concessionárias, são lavados e revisados, vendidos e entregues para os consumidores, com todos os custos trabalhistas, impostos na nota fiscal, mais imposto sobre o lucro.
De tudo isso, percebe-se que quem EFETIVAMENTE ganhou dinheiro de ponta a ponta de todo o processo, foi o governo. Antigamente o governo investia para fazer a hidrelétrica, a estrada, o porto, ou seja, o governo se endividava para fazer a infraestrutura, mas as empresas tinham o ambiente necessário para se instalar e produzir – os impostos deveriam cobrir os custos da infraestrutura. Hoje, estamos utilizando a infraestrutura sucateada construída há décadas, e as empresas para se instalar precisam inclusive GERAR A PRÓPRIA ELETRICIDADE, além de construir braços de ferrovia ou rodovia como parte de seus próprios projetos. Os impostos aumentaram muito, mas deixou de se oferecer infraestrutura. O custo de se produzir no Brasil aumentou exponencialmente.
Não bastasse tudo isso, nos últimos anos as riquezas do país começaram a ser desviadas para republiquetas de mierda, sendo o primeiro caso notável o da entrega das instalações da Petrobrás para a Bolívia. O volume de dinheiro demandado em perdão de dívidas, empréstimos a fundo perdido, financiamento de infraestrutura e aquisição de títulos de dívida pública em ditaduras comunistas arrebentaram os fundos de pensão, além de terem sido feitos com dinheiro inflacionário, oriundo do BNDES.
Algum dia alguém fará um levantamento dos montantes em que estamos sendo roubados. Cálculos superficiais apontam para a casa dos TRILHÕES de dólares.
A economia teria entrado em recessão prematuramente, aí veio a ideia “jenial”, ou seja, do jerico que se acha Keines: deu-se crédito amplo e fácil para todos, até mesmo para quem não tinha capacidade econômica para obter empréstimos. Acobertou-se isso sob o falso manto de uma “justiça social” onde quem não tem renda agora podia comprar uma casa e um carro “mil1”. O resultado foi um “boom” momentâneo na produção e vendas, mas o mercado logo se saturou, os bens não foram pagos. Como resultado uma extensa camada da população perdeu totalmente sua capacidade de compra, o comércio paralisou, os bancos retomaram os bens e não tem para quem vender, porque não existe mercado para tanto. No momento a seguir a indústria começou a desinvestir, o desemprego acelera-se a cada dia tanto na indústria quanto no comércio, e isto se reflete duplamente no mercado imobiliário – quem tem imóveis comerciais está com os mesmos vazios, e quem antes alugava imóveis residenciais voltou com a nova família para a casa dos pais e de parentes. Todo o dinheiro que circulava na forma de locações simplesmente DESAPARECEU DA ECONOMIA.
Acontece que como os projetos da esquerda são supranacionais, chegou-se rapidamente ao ponto em que os impostos recebidos não são suficientes para se cobrir os rombos, tanto pelo massivo desvio de dinheiro para fora do país, quanto pela desaceleração da atividade econômica, que faz com que se gerem menos impostos. Não existe mais como tributar os que trabalham e produzem, até mesmo por limitações legais e políticas. Aqueles que pararam de trabalhar para receber bolsas esmola primeiramente abandonaram voluntariamente seus empregos, hoje tais empregos não existem mais. Aquela parcela da população que permaneceu trabalhando está sendo despedida e indo para casa pelo DESAPARECIMENTO dos postos de trabalho. As empresas que podem, estão baixando as portas, perdendo o dinheiro investido a décadas, e migrando para países viáveis2. A diminuição do lucro das empresas faz com que investidores retirem dinheiro das bolsas, levando o capital para outros países.
Hoje o Brasil parou de pagar seus compromissos. Embaixadas há muito já não tem dinheiro para pagar contas de água, luz e telefone. Bases aéreas são fechadas por falta de dinheiro para comida, ou porque a vigilância sanitária bloqueou a cozinha. Os órgãos públicos não conseguem mais receber o dinheiro a eles destinados, governos estaduais e prefeituras não conseguem sequer pagar suas folhas de pagamento. Serviços terceirizados foram totalmente paralisados por falta de pagamentos, então as cidades começam a ficar abandonadas, apesar de plenamente habitadas.
As maiores empreiteiras de obras públicas estão todas com seus dirigentes presos em seguidos escândalos de corrupção, sempre com valores BILIONÁRIOS, e só serão salvas da falência a partir de manobras que já despontam, e que visam salvar simultaneamente corruptos e corruptores das garras da justiça – uma justiça que em seu topo, o STF, está hoje totalmente aparelhada por membros indicados pelo ParTido.
No Brasil, o governo pode dar a direção e cargos de confiança em empresas públicas e mistas, órgãos públicos em troca de favores políticos e votos de políticos, e isso não é sequer considerado como crime de corrupção. Além do prejuízo inerente ao fato de se ter pessoas não qualificadas em sua direção, estes cargos são utilizados para produzir contratos gravemente lesivos às instituições, sempre com gigantesco desvio de dinheiro público.
Alguns graves ataques à base da educação também contaram para que chegássemos até este ponto. A modificação nos conteúdos e nos métodos educacionais, junto com mecanismos venenosíssimo como a tal “progressão continuada” garantiram que as novas gerações tenham uma severa doutrinação de esquerda, sem conteúdo letivo, e sem a obrigação de SABER. Tenho presenciado muitos alunos formados em ensino médio que não foram alfabetizados, inclusive conheço ao menos um que chegou ao final do primeiro ano de um curso de direito nesta condição – com a direção da universidade pressionando a professora de Português Jurídico a passá-lo de ano, sob pena de perder o emprego. Casos de analfabetos funcionais são muito mais comuns, e os encontramos comumente entre profissionais com curso superior completo. Com isso a nação deixa de ser competitiva, porque a ciência e tecnologia não se medem pelo número de diplomas, mas sim pelo que os diplomados efetivamente são capazes de produzir.
Outro fato para o qual aparentemente não se dá a devida atenção, é que atualmente temos mais de 50 mil pessoas mortas violentamente em crimes, e mais outras 50 mil mortas no trânsito. Das 50 mil mortes criminosas, apenas algo ao redor de 4% são esclarecidas – a maior parte entra em estatísticas gerais, sem se saber ao certo o verdadeiro motivo, ou a autoria. São muitos crimes cometidos por ladrões que simplesmente matam suas vítimas sem as vezes nem conseguir levar aquilo que roubam. Um grande número de homicídios acontece entre traficantes, e neste ponto, acho que morrem poucos – o número de traficantes mortos poderia triplicar a cada ano durante anos e anos, e ainda haveria um excesso deles por aí. Não é possível se descartar a hipótese de muitos destes homicídios não solucionados devem se tratar de bandidos que tentaram enfrentar policiais ou cidadãos de bem que reagiram, mas isso não é possível saber, pelo simples fato de que aqui no Brasil quem se defende responde criminalmente, com todas as consequências jurídicas e reflexos financeiros diretos e indiretos até que algum dia consiga ser eventualmente julgado inocente por um Juiz de Direito. Nem sempre a vida de um bosta de um bandido vale todo esse infortúnio. O fato é que enquanto as atividades criminosas forem mais e mais interessantes e impuníveis e continuar o peso CONTRA O CIDADÃO DE BEM, os números da violência só aumentarão.
Como se tudo isso não bastasse, o que se observa atualmente é as pessoas falando de “crise”, como se a situação fosse passageira ou condicional. As pessoas, no geral, não tem A MENOR IDEIA da extensão das coisas. Muitos estão passando os feriados de fim de ano como se nada estivesse acontecendo – vamos aos supermercados, e o semblante das pessoas é exatamente o mesmo de sempre.
Um incêndio não cessa enquanto houver abundância de combustível e comburente. A situação brasileira não tem nenhuma tendência de se reverter a médio prazo, pelo simples fato de que NENHUMA DAS CAUSAS está sendo combatida. Pelo contrário, o ParTido fez uma tomada gramsciana do poder, o que lhe garantiu o controle o STF, TCU e TSE, e com isso, nenhum dos crimes cometidos pelos chefes jamais será punido – mesmo sendo de conhecimento público.
A “crise” não é momentânea, não é setorial, nem é local – notem que também não é mundial. A eclosão da economia brasileira, aliada à eclosão da estrutura social, acontece apenas nas nações bolivarianas da América do Sul, o que inclui o nosso país. A diminuição da atividade econômica não tem fatores que permitam sua reversão, porque as medidas do governo não vem na forma de se salvar a atividade econômica, mas, ao contrário, forçar cada vez mais a tributação sobre quem ainda consegue sobreviver no mercado.
A impunidade dos chefes do ParTido tampouco ajudam, pois sinalizam para o mercado internacional que o Brasil está se afundando cada vez mais e mais no comunismo bolivariano, levando a nossa economia, que já foi a quinta do mundo, a simplesmente se esvanecer até nos tornarmos uma segunda Venezuela.
O governo passou a governar com Medidas Provisórias, Portarias e Instruções Normativas, muitas delas inconstitucionais por não terem embasamento em Leis Federais que lhes deem suporte, o que é clara característica de uma ditadura.
A pá de cal sobre tudo isso veio neste mês de Dezembro de 2015, quando o STF, contrariando a Constituição Federal e o Regimento do Congresso Nacional, alterou o rito de impeachment da PresidanTa da República, de forma a dar poderes absolutórios nas mãos do Presidente do Senado. Entre outras coisas, foram soterradas as cláusulas de bicameralidade e de controle mútuo entre os poderes, ou seja, desde este mês já não estamos mais vivendo sob o Estado Democrático de Direito, nem tampouco o Brasil é mais uma República Federativa. Estamos sob uma ditadura tão desonesta, que nem assume ser uma ditadura, antes se auto declara como um governo democrático. O ParTido, que lutou abertamente CONTRA a Constituição Federal de 1988, e que desde que chegou ao poder já tentou diversas vezes criar uma nova constituinte, venceu apenas e tão somente se utilizando de um mecanismo previsto na própria CF, que foi a nomeação dos ministros das cortes superiores.
A última saída, e digo isso pela primeira vez, é a intervenção constitucional, com o Exército Brasileiro tomando o poder e fechando o Congresso Nacional. Eu torço para que isto aconteça sob o controle de homens de bem, e amantes de nossa pátria. Que o façam, CRIMINALIZANDO em definitivo todas as formas de socialismo, e que apenas após isso, sejam convocadas eleições com critérios técnicos para quem possa se candidatar – chega de um imbecil analfabeto poder se candidatar a Presidente da República. Como é que alguém que sabidamente imprestável para ser síndico de um prédio pode se candidatar a ser presidente de uma nação? Com toda a reportada falência de nosso sistema educacional, ainda assim é absolutamente INTOLERÁVEL que um mero vereador vote para criar uma lei, sem ser ao menos pós graduado em Direito.
E uso com propriedade a palavra intolerância, porque no atual contexto, sou vítima constante da intolerância – a intolerância dos burros, dos imbecis, dos ladrões e saqueadores.
Eu sinto muito por tudo isso, porque nasci e cresci amando este país. Mas enquanto a situação persistir, me nego a ter esperanças – pois até para termos esperança, é necessário que algo de concreto aconteça. E tudo o que está acontecendo, vem consistentemente na direção de termos a concretização da perda de nossa soberania nacional, derrubada de nossas divisas, e entrega do controle político da nação a um poder externo – Cuba.


1No Brasil existem incentivos e isenções fictícias de impostos para veículos de até 1000cc.

2O Paraguai, país que teve uma economia arrasada por décadas, agora emerge rapidamente.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Meu feliz natal para meus amigos

Natal é uma data onde nós, cristãos, comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Eu sei que a data tem de haver com o solstício de inverno no hemisfério norte, data comemorativa pagã. Até mesmo Papai Noel (Santa Claus) é oriundo da Alemanha, onde passou a se comemorar o Dia de São Nicolau, o que se espalhou para o resto do mundo, e lentamente acabou na lenda de Papai Noel. No Século XX a figura se popularizou com os trajes atuais, a partir de uma campanha publicitária da Coca-Cola.

Curiosamente, Jesus Cristo não nos ensinou a comemorar o seu nascimento, mas sim a sua morte. Assim, a festa anual que sempre cativou o meu coração infantil, na verdade é uma tragédia moral – primeiro ensinamos nossos filhos a acreditar em um ser sabidamente inexistente, levando-o a, ainda em sua infância, perceber que todos os adultos mentiram deliberadamente sobre algo tão importante. Nisto, quebramos a confiança básica que a criança deveria ter em seus pais. Segundo, a comemoração do natal em si contraria as orientações do próprio Jesus Cristo, porque apontam para o evento exatamente contrário àquele que ele pediu que lembrássemos. Terceiro, a data específica é uma data sabidamente de origem pagã, o que contraria as bases da religião judaico-cristã. Quarto e talvez mais importante, o natal só se tornou a data mais importante do ano por conta exclusivamente de propagandas comerciais.

De qualquer forma, existe uma coisa importantíssima no natal, que merece ser considerada: nesta época as pessoas são instadas a repensar seus atos, reconsiderar suas atitudes, e ir em direção ao abrigo de suas famílias e amigos.

Nenhuma época melhor, portanto, para se falar a respeito de amizades.

Eu tenho poucos amigos. Pouquíssimos. Mas os tenho para toda a vida. Considero amigo aquela pessoa por quem tenho um amor fraternal.

Pelo fato de na minha infância termos mudado muito, fui obrigado a adentrar em novas classes diversas vezes, tendo que refazer meu círculo de colegas diversas vezes. Eu tinha pesadelos terríveis a cada vez em que tinha que, pelo primeira vez, adentrar em uma sala de aula desconhecida. Conheci, então, milhares de outras crianças. Destes, fiz menos de meia dúzia de amigos que perduram até hoje.

Outro círculo social é a igreja, e fui durante décadas membro de uma igreja protestante de origem norte-americana. Durante estas décadas, adquiri mais meia dúzia de amigos.

Nas minhas atividades comerciais, em toda minha vida ganhei mais uns poucos e bons amigos, e no círculo fechado que adentrei há poucos anos, comecei a adquirir novos amigos, sendo incrível que até mesmo um primo meu, com o qual eu quase não havia convivido, hoje posso dizer que é meu amigo.

O que eu quero dizer, e isso todos deveriam considerar, é que atualmente a palavra “amigo” perdeu seu objeto: Todos chamam os outros de “amigo”, como se o simples fato de conhecer ou conviver fosse a fórmula mágica de uma amizade, daí onde se fala de “verdadeira amizade”. 'Isso non ecziste', o que existe é apenas amizade.

Considerar alguém como amigo, é ter amor fraternal por ele. É, também, se doar integralmente com lealdade, fidelidade e estar disposto a estar sempre disponível para atender as necessidades mais graves do amigo sem pestanejar. Um amigo conhece porém releva os defeitos de seu amigo, e, sempre trabalhará para que ambos vençam duas dificuldades e defeitos.

Agora cheguei no ponto que me motivou a escrever estas linhas: uma outra lenda que não a do Papai Noel, mas que tem moldados as últimas gerações de nossa civilização – a dos super-heróis.

Observando os super-heróis, tem-se a nítida impressão de que, para salvar a nossa sociedade, e proteger nossas amizades e pessoas que amamos, é necessário se ser um super-herói. Nada mais errado do que isto.

Se hipoteticamente houvesse tal pessoa com superpoderes, tal não poderia ser considerada como especialmente boa, pelo simples fato de nos ajudar e salvar - tal pessoa estaria fazendo isso sem riscos. Este foi um dos principais motivos pelos quais Jesus Cristo, quando entre nós, se bastou a repetir apenas e tão somente aqueles milagres que já estavam suficientemente bem registrados no antigo testamento, acrescentando apenas que aquele que crer, faria tudo aquilo e muito mais, na medida de sua própria fé. Jesus Cristo fez questão de nos mostrar a experiência de um homem lidando com problemas deste mundo, utilizando como principal ferramenta a sua fé. Este o fato também, pelo qual Jesus Cristo ao contrário de outros heróis bíblicos que foram simplesmente transladados para fora deste mundo, morreu. Nisso ele demonstrou a totalidade de sua humanidade.

A questão não é ser supra humano, estar acima dos problemas dos homens comuns. Justamente o contrário. A grande virtude é justamente estar aqui, inundado sob dificuldades, disputas, interesses, na competição em que todos nos encontramos por espaço, alimento, e até de bens materiais, ou por que não dizer, na disputa por atenção e afeto.

Saber viver sob esta pressão contínua, cientes de que daqui poucos minutos qualquer um de nós pode não estar mais vivo, ou pior, pode estar recebendo a notícia do falecimento de alguém que ama...

Saber viver ciente de que a reserva na caderneta de poupança pode ser a diferença entre sobreviver ou não em uma mesa de cirurgia...

Estar de tudo ciente, mas mesmo assim manter-se íntegro e honesto; afastar-se da maledicência e proteger seu amigo até mesmo quando ele estiver errado - orientando-o para que se corrija e não cometa mais o mesmo engano. 

Neste ponto, me permito sair um pouco do assunto, e passar uma regra simples de amizade: quando alguém vier lhe falar mal de um amigo seu, pegue seu celular imediatamente, e fale com o seu amigo a respeito DURANTE O MOMENTO em que ele está sendo acusado. Você verá que em quase a totalidade das vezes, se tratará de mera fofoca, pois o acusador não sustentará o que está falando. É muito fácil falar pelas costas, gerar contenda e sair correndo. Isso é coisa de moleque, daqueles que tocavam a campainha de uma casa e saiam correndo, mas muito mais grave pelas consequências. 

É justamente dentro deste ambiente gravemente hostil em que vivemos, que se destaca a importância da real, única e verdadeira amizade – quando você está sob severo ataque das adversidades da vida, e tem a certeza absoluta que estará sendo incondicionalmente defendido por alguém que tem, por você, o amor fraternal.

Então, para aqueles meus poucos, raros e verdadeiros amigos, eu ofereço aquilo que para mim é mais precioso: a certeza, dentro do meu coração, de que você é meu amigo.

Se eu te chamei de AMIGO, saiba que lhe atribuí o título mais nobre que conheço atribuível a qualquer ser no universo.

Que este seja o meu presente de natal aos meus amigos.


Arnaldo Adasz
Natal de 2015

domingo, 6 de dezembro de 2015

O Brasil indo para o buraco, e Araraquara sendo engolida


A nossa cidade chegou a ser a primeira colocada no índice Firjan de Desenvolvimento Municipal em 2007. 

Quando me mudei para esta cidade em 1998, existiam placas nas ruas com o número de telefone da secretaria de transportes, para que informássemos caso encontrado algum buraco no asfalto. Nunca encontrei.

Hoje uma rua é engolida por uma cratera, e as autoridades confessam não ter meios para reverter um único caso1.

Mas o que aconteceu aqui, para que caíssemos MILHARES de posições no ranking?

Simples. A cidade passou a ser governada por socialistas.

Os socialistas partem da premissa de distribuição de renda e doação a fundo perdido de dinheiro para os mais pobres.

São dois erros catastróficos, aptos a destruir qualquer economia.

Primeiro, renda não se distribui: distribui-se TRABALHO. Quando todos tem trabalho, a renda é inerente, e a máquina da economia funciona.

Segundo, dinheiro se dá a quem se encontra em necessidade real e imediata - salva-se alguém de uma situação de penúria, a fim de que a pessoa possa, no menor tempo possível, se tornar novamente produtiva.

O mesmo que aconteceu aqui em Araraquara, e que pode ser percebido simplesmente se andando nas ruas, aconteceu em larga escala no Brasil, pelo mesmo exato motivo.

Populações inteiras abandonaram as atividades produtivas, para viver de bolsas esmola. Sim, as pessoas preferem não trabalhar, se tiverem a garantia de sustento mínimo. Aqui não é o norte da europa, onde as pessoas se sentem constrangidas e envergonhadas por não trabalhar. Eu conheço o Brasil, conheço as cidades do interior do Tocantins desde que sou criança, cansei de ver pessoas trabalhando um dia para ter dinheiro para um pouco de farinha e pinga, e no dia seguinte deixar de ir trabalhar porque "não precisavam".

Não se faz desenvolvimento social doando-se dinheiro. O que desenvolve uma sociedade é o trabalho, e todos os teóricos socialistas eram notórios vagabundos, horrorizados com a ideia de trabalho. O próprio Marx era um notório vagabundo, daí suas ideias serem radicalmente contra o trabalho, na verdade, colocando o trabalhador na figura de um sub-escravo de um milionário empregador.

O comunismo extinguiu a figura do capitalista empregador, e colocou no seu lugar o estado empregador, falido, regido pelos gatos gordos do Politburo, ricamente alojados em suas dachas.Os trabalhadores deixaram de ser pobres no comunismo, para se tornar miseráveis.

Todos os partidos socialistas querem e sempre quiseram apenas uma coisa: poder. diferente do que aconteceu na Europa no início do Sec. XX, os partidos atuais se juntaram com grupos terroristas e traficantes de drogas em uma organização não-formal denominada “Foro de São Paulo”. Cumprindo estritamente a regra, o co-fundador da organização deixou de trabalhar ainda na década de 70. Os socialistas se dizem próximos dos trabalhadores e das classes sociais menos abastadas, auto intitulando-se líderes desta classe social em uma luta contra as classes mais abastadas. O objetivo a longo prazo é, conforme pode se ler no manifesto do PSB, extinguir as classes mais abastadas, e tomar todos os meios de produção. Em resumo, como líderes, querem estar no lugar dos “ricos”, sem jamais terem trabalhado um único dia sequer em suas vidas miseráveis para a criação de riquezas, uma vez que nenhum deles sabe construir nada, são bons apenas em dividir e destruir.

Os pobres são pobres não porque são explorados pelos ricos, mas pelo fato de que não sabem e não querem pagar o preço para serem ricos. Qualquer um que se determine e pague o preço, será rico.

Nunca tente explicar isto para um socialista, seria o mesmo que tentar explicar ética para um petista.

Ricos são ricos não porque tem dinheiro, mas porque sabem como acumular e multiplicar riquezas, e o farão de forma consistente não importa a situação em que se encontrem.

Dê um prêmio milionário para um pobre, ele será um pobre com dinheiro, até o dinheiro acabar.
Jogue um rico nu no deserto, e ele continuará sendo rico, e terá muito dinheiro em breve.

Este o motivo pelo qual nunca, jamais um governante socialista conseguirá enriquecer uma nação, ou ao menos manter o nível de vida dos cidadãos: Socialistas não acreditam na construção de riquezas, e, por este motivo, não sabem o que é isto, ou como se faz.

Os empresários que sustentaram o vagabundo Lula durante todo o seu tempo de ostracismo, e que o patrocinaram durante as greves do ABC, e depois novamente durante sua ascensão ao Governo Federal, nunca estiveram interessados em progresso da nação – o fizeram com o único objetivo de ter um fantoche sob seu controle, e assim poder se locupletar das riquezas da nação. Queriam acesso à chave dos cofres públicos.

É isto que observamos nos gigantescos esquemas de corrupção que se tornaram a regra institucional da nação. Num primeiro momento era surpreendente e até incompreensível ver mega empresários apoiando um zé ruela para ser presidente de uma nação. Mas ao se observar os rios de dinheiro que foram drenados da máquina pública, logo se compreende que os objetivos nunca foram lícitos.

Agora, o que a nação precisa fazer? Proteger as mega empresas responsáveis por realizar os grandes projetos de estrutura da nação? Ora, todos sabemos que estamos em 2015 sobrevivendo com a estrutura que recebemos em 1985, com 30 anos de remendos. Ninguém está construindo estrutura, não há o que se proteger. Ao contrário, o dinheiro do BNDES está sendo utilizado para a construção de infraestrutura FORA DO BRASIL.

O que precisamos é que os bandidos sejam presos, que as empresas que participaram dos roubos aos cofres públicos tenham os seus dirigentes presos com seus bens pessoais arrestados e leiloados para repor ao menos um pouco do dinheiro do povo, e que as empresas deles respondam civilmente pelos ilícitos até a exaustão do último centavo roubado.

Aí eu digo que quem realiza as obras de estrutura não são as mega empresas – são sim os engenheiros, os administradores, os peões, que continuarão aqui após a extinção das empresas super especializadas em assalto aos cofres públicos.

Um novo sistema de pregões e licitações pode sim prever financiamento estatal para a constituição de patrimônio para novos empreendedores que demonstrem capacidade técnica para a execução de obras públicas, até mesmo para a aquisição de equipamentos. As regras atuais impõe que a empresa demonstre primeiramente TER os equipamentos necessários para a realização da obra, o que apenas garante o cartel.

Levaremos DÉCADAS para limpar a máquina pública de todo o lixo que foi lá enfiado pelo PT e outros partidos, em negociatas no congresso nacional. Para começar a limpeza, é necessário se extinguir IMEDIATAMENTE, e com efeito retroativo, todos os cargos comissionados, fazendo com que só funcionário concursados e de carreira cheguem aos cargos de direção. O problema é que não é só o Poder Legislativo que está na posse destes cargos, o grosso do poder legislativo recebeu poderes de nomeação de cargos, que foram loteados em negociatas muito mais sujas do que Mensalão e Petrolão juntos. Então será muito difícil conseguirmos leis federais que contrariem estes interesses espúrios.

Esta é apenas uma das facetas da falência da coisa pública, da res publica, da Republica.