Em pleno
Sec. XXI, as pessoas acreditarão naquilo que você convincentemente
lhes dizer para acreditar. Hitler sabia disso, por este motivo é que
a ciência precursora do nazismo foi a da manipulação de massas.
Neste contexto, acho
curiosa esta história de “discos voadores”, e me surpreendo quando vejo que a maioria das pessoas com nível superior desconhece como é feita a nossa moeda. Eu vejo pessoas com
temor quase religioso a respeito de OVNIs, vejo pessoas que consideram a
mera menção do assunto como coisa de lunáticos... Por outro lado
vejo pessoas que já viram algo que pode ser classificado como um
UFO, e outras tantas que passam a praticamente dedicar suas vidas ao
encontro com ETs. Nenhuma delas sabe de onde vem o seu dinheiro.
Sobre OVNIs,
existem muitas pessoas com as mais diversas opiniões a respeito, com
a principal divisão sendo entre as que “acreditam” e as que “não
acreditam”. Tratando-se de um objeto físico, pouco importa se
alguém acredita ou não, a questão é muito mais simples: existem
ou não existem. Parece que vivemos sob o império da opinião
popular, onde um governante pode roubar, matar ou cometer quaisquer
crimes, contanto que tenha apoio popular. Na eleição mais famosa da
história, Jesus Cristo foi para a cruz e Barrabás foi solto.
Compreendo
que seja natural as pessoas enxergarem os avistamentos de tais
veículos ou objetos como sendo algo sobrenatural, mas isso apenas
mostra como a nossa civilização ainda é atrasada em relação à
divinização das coisas. Temos Iphones e jatos comerciais, mas sob
este ponto de vista, somos absolutamente iguais aos nativos
melanésios com seus “cargo cults1”.
O curioso
é que eu observo este fenômeno entre pessoas que cresceram
“estudando” a Bíblia, justamente um livro que registra o contato
contínuo entre humanos e alienígenas, e onde estes objetos são
seguidamente mencionados. Sim, quase todas as vezes em que a Bíblia
se refere a anjos e demônios, reporta-se a seres nascidos FORA do
planeta terra, ou seja, extraterrestres.
A mesma
Bíblia se reporta a veículos extraordinários por diversas vezes,
mas as religiões fazem um trabalho de lavagem cerebral tão bom, que
crianças aprendem a cantar sobre uma carruagem de fogo que levou
Elias para o céu, e estas crianças atravessam a sua existência
acreditando realmente que alguém amarrou um jegue na frente de uma
carroça, tacou fogo e com isso eles foram “para o céu”. É mais
fácil acreditar na lenda ensinada pela religião, do que se aplicar
a Navalha de Ocam. E que ninguém ache que estou discutindo a
veracidade dos textos bíblicos: Eu acredito na Bíblia, apenas não
acredito nas religiões que tentam explicar a Bíblia, ou nas pessoas
que dizem ser condutores de outros à salvação (pois este é
Cristo).
Ah, sim.
Para muitos, acreditar que um ser humano precisou de um veículo para
ser transportado para fora da atmosfera terrestre implica em aceitar
que sua religião é uma mentira. Pois bem. A Bíblia contém a
verdade, ao passo que as religiões não. As religiões fazem
leituras e interpretações, onde nascem centenas de livros
apaixonados com minuciosas explicações que nada explicam, apenas
afirmam categoricamente algo que é mais fantástico e irreal do que
até mesmo um disco voador cheio de homenzinhos verdes vindos de
Marte.
É mais
fácil acreditar que um homem virá de peito aberto e que atravessará
o espaço adentrando a nossa atmosfera apenas com as roupas do corpo
pisando nas nuvens do céu, do que tentar compreender que esta é uma
explicação registrada de acordo com os recursos de linguagem de uma
civilização da Idade do Ferro.
É uma
pena, deveras, porque com esse modo de pensar tacanho e retrógrado
se perde muito da verdadeira beleza de tudo o que está na Bíblia,
e, ao mesmo tempo, se induz a uma idolatria que é justamente
ocasionada pela falta de clareza.
Eu
compreendo perfeitamente que uma tribo não civilizada erija uma
escultura de um avião e lhe preste culto, invocando os poderes
supostamente místicos da visão terrível que tiveram, que foi a de
um avião transportando pessoas e materiais bélicos. Neste ponto dou
meus parabéns a Eliseu, que tendo mais de uma vez contato com
objetos voadores avançadíssimos até para a nossa época, soube
discernir que se tratavam de objetos e CRIATURAS, não de deidades.
Na verdade, eu acho que esta é a maior contribuição verdadeira do
judaísmo, nos mostrar que existe um Deus, que não é criatura.
Então é
isso, a nossa cultura cinematográfica de medo de ETs e “discos
voadores” fez com que nos tornássemos mais irracionais do que um
homem da idade do bronze, fez com que associássemos o avistamento de
objetos tecnológicos a causas supostamente sobrenaturais e até
religiosas. Isso é muito perigoso, porque este mesmo erro nos levará
a acreditarmos que alguém, só por ter conhecimentos e tecnologias
fora das nossas possibilidades atuais, possa ser um “deus”. A
maior parte da população de nosso planeta, em pleno Sec. XXI, não
consegue raciocinar como o Profeta Ezequiel.
Afirmar
que algo, pelo simples fato de não se ajustar aos nossos
conhecimentos técnicos e científicos, pertence automaticamente ao
mundo espiritual ou das lendas, é na verdade tão primitivo quanto o
“cargo cult”. E sempre podemos contar com esse nível de
primitivismo nas pessoas, pois apesar de estarmos adentrando e dando
os primeiros passos como uma civilização tecnológica, continua
sendo muito fácil atribuir ao sobrenatural aquilo que não
conseguimos explicar.
Se você
quer mesmo se preocupar com algo inexplicável, estude como nasce a
moeda, o dinheiro que diz o valor do seu trabalho e de seus bens.
Faça isso, e você se surpreenderá verdadeiramente, principalmente
quando descobrir que o dinheiro do carro que você financiou e cujo
carnê você paga todos os meses nunca existiu de fato, isso sim é sobrenatural.