Nosso país quase foi tomado pelos
comunistas no século passado, mas na década de 60 os militares se
organizaram e recolocaram o país nos trilhos. A economia foi gerida
por um homem competente, de acordo com as melhores técnicas da
época, e o dinheiro público foi investido em obras de
infraestrutura que permitiram, pela primeira vez, a integração
nacional. No final do governo militar, o Brasil já estava
interlaçado por rodovias federais, tínhamos portos e aeroportos
compatíveis com a demanda, energia elétrica suficiente, e
conseguimos atravessar a grande crise do petróleo da década de 70,
inclusive com a implantação do Pro-álcool. Existia uma coisa
chamada “planejamento estratégico”, e se pensava em
infraestrutura futura.
É moda falar mal da “Ditadura
Militar”. Eu, que nasci em 1964, uma vez perguntei para o meu pai
quais tinham sido os problemas que ele enfrentou naquele período.
Ele respondeu que NENHUM, PORQUE ESTAVA TRABALHANDO.
Quando o governo militar resolveu que
era hora de fazer a transição para governos civis, o brasileiro
passou a votar, tendo elegido Tancredo Neves, que tomou posse no
Oriente Eterno.
Em um último sopro de bom senso foi
feita a Constituição Federal de 1988, que garantiu a soberania
nacional, a tripartição de poderes, modernizou o sistema
judiciário, e garantiu diversos direitos fundamentais. A esquerda
radical lutou com unhas e dentes contra a CF/88, mas não prevaleceu.
O grande senhor do Poder naqueles dias foi Ulysses Guimarães, que
morreu no mais estranho acidente aeronáutico que eu, como piloto, já
tive notícias. Eu estava sobrevoando aquela mesma região, naquele
horário, e com um Cherokee Arrow II do Aeroclube de São Paulo
completei meu vôo sem problemas, mas o helicóptero de Ulysses se
despedaçou no ar naquelas mesmas cercanias.
Inconformado com seus fracassos
eleitorais, Luis Inácio da Silva, que tem o merecido nome de Lula,
se juntou com Fidel Castro e ambos fundaram o Foro de São Paulo. A
união entre Lula e Fidel, habilmente tecida por José Dirceu, tem
como objetivo a criação de uma união de repúblicas soviéticas da
América do Sul, nos moldes da extinta URSS, com todos os Estados
Membros abdicando de sua soberania em troca de um único governo
central, de orientação comunista bolivariana1.
O Foro de São Paulo, alimentado com o dinheiro do tráfico de armas,
de drogas e das FARCs logo conseguiu colocar seus primeiros
presidentes em países latino americanos, e a partir daí o movimento
passou a ser alimentado com as riquezas das nações tomadas
“democraticamente”. O fluxo de dinheiro sempre foi
prioritariamente para Cuba, mas eles souberam financiar as campanhas
em todos os países em que estenderam seus tentáculos.
Em 20 de Fevereiro de 1997 nós,
brasileiros, recebemos a primeira lei restritiva de nossos direitos e
liberdades civis, impingida pelo quarto presidente civil, ou seja,
apenas um pouco depois de sairmos da chamada “ditadura militar”
tomamos a primeira porrada ditatorial de verdade.
Só isto já seria suficiente para
percebermos que existia alguma coisa errada, mas a propaganda2
sempre foi a de diminuição da criminalidade. Os “liberais”
(aqui no Brasil, simplesmente denominados esquerdistas) com seu
tradicional engajamento e militância abraçaram de imediato as
ideias de desarmamento civil, logo vieram ONGs e OSCIPs patrocinadas
com dinheiro público e de outras organizações estrangeiras, e
regados a muitos milhões de dólares, começaram a trabalhar.
Logo que o primeiro “trabalhador”3
tomou posse como Presidente da República no Brasil, iniciou uma
campanha de tomada gramsciana do poder, onde de posse e controle das
empresas estatais e mistas brasileiras, passou a utilizar o dinheiro
disponível (que era muito) para colocar seus projetos em andamento.
Como eu já mencionei, temos aqui a
CF/88, que garantiu a tripartição de poderes. Isto, para o PT, foi
um empecilho facilmente vencível – utilizaram o Poder em proveito
próprio, criaram o “mensalão”. Através da corrupção massiva
e generalizada, conseguiram impor os seus primeiros projetos, que
foram transformados em leis e decretos4.
O mais importantes deles, gestado e
nascido INTEIRAMENTE SOB O MENSALÃO, foi o assim chamado “Estatuto
do Desarmamento”. O Estatuto do Desarmamento é tão importante
para o governo, que mereceu importante destaque no PNDH-3, e contou
com o envolvimento pessoal até mesmo de José Dirceu, o homem que
realmente manda no Brasil desde o início de 2003.
Qualquer brasileiro que queira
compreender a história contemporânea precisa estudar o processo
legislativo do Estatuto do Desarmamento. Lá estão registradas todas
as manobras da esquerda para se impor, e lá estão também gravadas
todas as falácias, claramente expostas por pessoas como Enéias
Carneiro. De qualquer forma, houve um famoso processo no STF, a
AP-470, chamada de julgamento do Mensalão, onde ficou sim registrado
que as leis da época foram aprovadas mediante dinheiro de suborno, o
que configura vício de inconstitucionalidade. Mesmo assim, nenhuma
lei do período foi julgada inconstitucional com este fundamento.
No texto do “Estatuto do
Desarmamento” foi colocado que seu artigo mais polêmico deveria
ser submetido a referendo popular5.
Assim, foi votada a revogação do art. 35 do Estatuto, ficando
mantidas a fabricação e comercialização de armas em todo o
território nacional. O PT conseguiu comprar o CN com nosso dinheiro,
mas perdeu nas urnas. Na campanha do referendo, sobressaiu-se a
figura de Benê Barbosa, um Bacharel em Direito que enfrentou a
incrível máquina estatal com uma lógica simples e direta, porém
efetiva. E o povo brasileiro deu a primeira porta da cara do PT.
Agora no Poder, com verbas pública
abundantes, foi iniciada uma campanha de propaganda massiva, que
resultou, no espaço de 10 anos da vigência da Lei 10.826/03, em
pouco mais de 600.000 armas devolvidas. Um número insignificante,
considerando que o próprio Ministério da Justiça estima entre 15 e
16 milhões o número de armas em poder de civis aqui no Brasil,
considerando-se apenas as armas adquiridas no comércio.
Logo no início da vigência da lei,
houve sim uma grande campanha de recadastramento de armas. Até
então, apesar da vigência da Lei 9.347/97, a grande maioria das
armas foram até então adquiridas com autorização das Polícias
Estaduais, com controles precários, e sem nenhuma obrigação de se
renovar os registros. Muitas armas foram vendidas entre particulares
sem nenhuma formalidade, e eu mesmo uma vez vendi uma arma e levei os
recibos para uma delegacia, e percebi que os documentos foram
recebidos por mera educação – não existia nenhum sistema de
registro e controle.
Por força da forte campanha, foram
registrados no SINARM mais de 8 milhões de armas, sendo que a imensa
maioria destes registros venceram e não foram renovados. O número
de armas com registro válido no Brasil é três vezes superior ao
número de armas devolvidas durante todas a vigência das seguidas
Campanhas de Desarmamento, mas estes números são irrelevantes
quando comparados ao número real de armas em poder de cidadãos
brasileiros, e até mesmo em comparação com o assustador número de
armas com registros vencidos no SINARM.
Os planos de desarmamento
fracassaram.
A propaganda massiva já começava
com o nome pomposo atribuído à lei: “Estatuto do Desarmamento”.
Mas a verdade é que o plano foi criado e posto em prática por
Petistas, que como todos sabem, são absolutamente incompetentes.
Sabem sim recitar todos os mantras do ParTido, mas já são
comunistas justamente porque não tem capacidade de criar nada – se
tivessem, seriam capitalistas de sucesso (Não existe na história o
registro de nenhum comunista de sucesso: o próprio comunismo só
existe enquanto tiver acesso ao dinheiro de outros).
O desarmamento civil no Brasil NUNCA
OCORREU, porque o brasileiro primeiro votou contra nas urnas, e a
seguir se utilizou da DESOBEDIÊNCIA CIVIL de forma não coordenada e
sem nenhuma provocação. Não acredita? Veja os números
- Temos entre 15 milhões de armas adquiridas no comércio, nas mãos de civis brasileiros;
- Deste total, aproximadamente 600 mil foram entregues voluntariamente nas seguidas campanhas de desarmamento, ou seja, houve apenas 3,8% de devoluções voluntárias;
- Do total de armas existentes, mais da metade foram registradas nas campanhas do governo, que deram anistia integral inclusive das taxas;
- Deste total de armas registradas, apenas algo em torno de 12% continuam com o registro válido;
- Dentro deste total de armas com registro válido, é necessário se anotar as armas recentemente adquiridas, cujo número desde 2012 ultrapassa o número de armas entregues voluntariamente;
- Finalizando, é importante anotar que um número gigantesco de armas entregues nas campanhas de desarmamento eram absolutamente imprestáveis – muitos brasileiros se utilizaram da campanha do desarmamento para receber algo por um arma que não valia absolutamente nada.
Moral da história: O povo brasileiro
sabe que o desarmamento é e sempre foi uma grande mentira –
ninguém jamais acreditaria que em se desarmando o cidadão de bem, o
bandido deixaria de matar. E quem mata é bandido. Deste saber, que é
popular e generalizado entre a população, resultou a maior ação
de desobediência civil que se tem notícia na história do Brasil.
Constituição da República
Federativa do Brasil, art.
1º, Parágrafo
único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou
diretamente,
nos termos desta Constituição.
Então a desobediência civil está
na raiz da própria existência do Estado Democrático de Direito.
Democracia não se faz apenas se votando em candidatos escolhidos a
partir de acordos subterrâneos: democracia se faz CONTROLANDO-SE
quem está na administração da coisa pública. Democracia é o
governo do povo, pelo povo, e para o povo – e o fracasso absoluto e
retumbante do desarmamento civil brasileiro é o maior e o principal
evento democrático na história deste país.
“A
chave para a liberdade é a capacidade
de
defender a si mesmo, e se você não
tem
as ferramentas para fazer isso,
você
fica ao sabor de qualquer
um
que queira subjugá-lo.
E
as ferramentas para
isso
são as armas.”
Mark
Heim, cidadão Suíço.
1Símon
Bolívar certamente ficaria ofendido se visse comunistas erguendo
suas bandeiras sob seu nome...
2Propaganda
– única palavra universal que conheço, tem esta escrita e
pronúncia até em húngaro, e não guarda relação com
“publicidade”, mas sim com a divulgação tendenciosa de um
conceito sob o manto de uma ideia, geralmente uma falácia.
3TRABALHADOR
era o meu pai, que durante mais de 40 anos saiu de casa de
madrugada, e trabalhou na construção civil, com a mão na massa
LITERALMENTE. Lula foi, no máximo, um líder sindical. Eu não vejo
ligação direta entre esta função e o título “trabalhador”,
bem pelo contrário.
4O
método ainda é largamente utilizado, pelo que desponta das
investigações do Petrolão, e sabe-se mais quantas fraudes que vêm
à luz quase que diariamente.
5Infelizmente
passou o Porte de Subsistência, uma ferramenta criada por Marina
Silva cujo objetivo é armar as milícias camponesas.