segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

"Cuba Libre" e Brasil na merda

Crescemos tomando “Cuba libre”, e achando que endurecer-se sem perder a ternura é algo romântico. Pois bem, nos fudemos, e agora não dá para reclamar. Mas acho que ainda dá para tentar pelo menos compreender como chegamos até tal ponto. Sim, a nação está se dissolvendo porque foi vendida para a esquerda – que obviamente, não pagou por ela.
O que a esquerda defende publicamente é um Estado Máximo, com tributação pesadíssima e até com a tomada dos meios de produção (manifesto do PSB), com a distribuição dessa massa de dinheiro para as camadas "mais pobres" da população. Segundo eles, o panorama ideal seria que uma empresa não tivesse lucro, e o dono da empresa ganhasse o mesmo que qualquer outro funcionário. Como a capacidade produtiva de um militante típico da esquerda é apenas e tão somente medíocre, a tese da mais valia é disseminada com facilidade – quem não sabe produzir riquezas atribui a sua própria miséria a quem sabe. Na prática sabemos que em todos governos socialistas do planeta a constante sempre foi uma população totalmente empobrecida, liderada por uma elite riquíssima pertencente a um único ParTido. Nunca houve um único governo realmente socialista democrático, a própria implementação do socialismo pressupõe uma ditadura.
Então, engana-se quem acredita que um governo socialista em tese pudesse buscar em algum momento algo de bom para o povo – o que importa é sempre o poder, e poder absoluto. Ah, sim, as teorias socialistas podem sim pregar algo de bom para o povo, e como tal sempre se sobressai a “distribuição de renda”. Esta é de longe a maior mentira do socialismo, pois renda não se distribui – renda se cria ou não se cria. Sempre haverá alguém que irá receber, e outro que irá pagar. Se tivermos apenas pessoas recebendo, ninguém irá pagar a economia entra em colapso, justamente o que está acontecendo neste momento no Brasil.
Um grande exemplo disso pode ser a nossa política trabalhista.
Na prática, a voracidade arrecadatória e a legislação trabalhista fazem com que apenas algo ao redor de 25% da quantia demandada por uma empresa como custo empregatício seja efetivamente utilizada por um funcionário - três quartos do que uma empresa tem de custo com seus funcionários são revertidos imediatamente ou posteriormente na forma de impostos e taxas. Sim, matematicamente para cada um real pago para um funcionário, incide outro real em custo trabalhista, o que de cara já coloca o salário como METADE do efetivamente pago pela empresa. Da metade que sobra para o funcionário, uma parte é paga diretamente como IRPF, e a outra parte é paga nos altíssimos impostos incidentes em TUDO o que se consome. Quem opta por adquirir bens financiados, além de impostos ainda paga juros, ou seja, tem uma quantia ainda menor efetivamente disponível para seu proveito.
Com aproximadamente um terço da massa de trabalho nacional paralisada recebendo bolsas, o peso de sustentar a economia recaiu sobre uma parcela cada vez menor de empreendedores e trabalhadores, ou seja, ao invés de se ter uma concentração de renda (que se dizia existir), ocorreu exatamente o inverso, houve uma concentração de tributação.
As empresas são obrigadas a declarar todas as entradas como se fossem renda, e os mecanismos arrecadatórios nacionais são muito eficientes em relação às empresas, cujos dirigentes podem até responder criminalmente se os contadores cometerem algum erro. Então toda vez que o governo precisa de mais dinheiro, pressiona cada vez mais as empresas, até o ponto em que a atividade produtiva e comercial deixa de ser viável economicamente - os impostos são tão certos quanto a morte, mas o lucro é apenas uma possibilidade. Só que sem lucro, a empresa não existe.
Como a esquerda prega que a culpa de sua pobreza é o lucro da empresa (mais valia), então tudo se faz para pressionar as empresas. Só que se a empresa não dá lucro no Brasil, ela simplesmente baixa as portas e vai para um país viável. Nós não somos mais um país viável.
O Estado Brasileiro já atingiu o objetivo de controlar minuciosamente todas as atividades dos cidadãos pacatos e de bem - infelizmente perdeu completamente o controle sobre quem não se importa em descumprir leis, ou pior, um grande número de pessoas simplesmente descobriu que é viável se viver exclusivamente da prática de crimes. Na prática, o sistema já não prende quem pratica crimes de furto, apenas para mencionar um exemplo. E os que praticam crimes mais graves são amplamente beneficiados com um número cada vez maior de leis e regras que forçam a diminuição das penas cumpridas em regime fechado, pois o Estado simplesmente não tem mais estrutura para prender e para manter presos tais elementos.
A saga arrecadatória do Brasil não é recente, aqui a própria Constituição Federal foi construída de forma a permitir que qualquer ente público crie e aplique impostos sobre toda e qualquer atividade imaginável.
Só para se ter um exemplo, vejamos o que acontece na produção de um veículo:
  • alguém extrai minérios, paga impostos sobre a extração, comercialização do minério, paga seus funcionários, máquinas, equipamentos (tudo com impostos), recolhe tributos ao vender o minério, e paga impostos sobre o lucro.
  • Este minério vai para uma siderúrgica (vamos fazer de conta que é aqui no Brasil), existe toda a cadeia de transporte, com veículos, combustível, funcionários, tudo tributado;
  • Este minério entra em uma siderúrgica, com todos os equipamentos e máquinas devidamente tributados, funcionários idem. É feito o processamento do minério até se transformar nos diversos tipos de aço necessários para se produzir um veículo. Tudo é vendido com impostos na nota, e existe novamente o imposto sobre o lucro;
  • O aço é transportado para as metalúrgicas fornecedoras das montadoras, que tem todas as suas máquinas e equipamentos tributados, funcionários idem. As metalúrgicas processam o material produzindo as peças, que são vendidas para as montadoras, com impostos sobre o valor da nota fiscal, e depois o imposto sobre o lucro;
  • As peças são transportadas para as montadoras, com a incidência de impostos sobre toda a operação, funcionários, etc. Depois, vem novamente imposto sobre o lucro.
  • As montadoras recebem as peças das metalúrgicas e de centenas de outros fornecedores, inclusive hoje vem muito material importado, com IPI e Imposto de Importação incidindo sobre o que não foi produzido no Brasil. Os veículos são montados, são pagos os funcionários com todos os custos paralelos e impostos, os veículos são vendidos para as concessionárias, com todos os impostos na nota fiscal, e depois, imposto sobre o lucro;
  • Os veículos são transportados, com todos os custos de se transportar algo no Brasil;
  • Os veículos chegam nas concessionárias, são lavados e revisados, vendidos e entregues para os consumidores, com todos os custos trabalhistas, impostos na nota fiscal, mais imposto sobre o lucro.
De tudo isso, percebe-se que quem EFETIVAMENTE ganhou dinheiro de ponta a ponta de todo o processo, foi o governo. Antigamente o governo investia para fazer a hidrelétrica, a estrada, o porto, ou seja, o governo se endividava para fazer a infraestrutura, mas as empresas tinham o ambiente necessário para se instalar e produzir – os impostos deveriam cobrir os custos da infraestrutura. Hoje, estamos utilizando a infraestrutura sucateada construída há décadas, e as empresas para se instalar precisam inclusive GERAR A PRÓPRIA ELETRICIDADE, além de construir braços de ferrovia ou rodovia como parte de seus próprios projetos. Os impostos aumentaram muito, mas deixou de se oferecer infraestrutura. O custo de se produzir no Brasil aumentou exponencialmente.
Não bastasse tudo isso, nos últimos anos as riquezas do país começaram a ser desviadas para republiquetas de mierda, sendo o primeiro caso notável o da entrega das instalações da Petrobrás para a Bolívia. O volume de dinheiro demandado em perdão de dívidas, empréstimos a fundo perdido, financiamento de infraestrutura e aquisição de títulos de dívida pública em ditaduras comunistas arrebentaram os fundos de pensão, além de terem sido feitos com dinheiro inflacionário, oriundo do BNDES.
Algum dia alguém fará um levantamento dos montantes em que estamos sendo roubados. Cálculos superficiais apontam para a casa dos TRILHÕES de dólares.
A economia teria entrado em recessão prematuramente, aí veio a ideia “jenial”, ou seja, do jerico que se acha Keines: deu-se crédito amplo e fácil para todos, até mesmo para quem não tinha capacidade econômica para obter empréstimos. Acobertou-se isso sob o falso manto de uma “justiça social” onde quem não tem renda agora podia comprar uma casa e um carro “mil1”. O resultado foi um “boom” momentâneo na produção e vendas, mas o mercado logo se saturou, os bens não foram pagos. Como resultado uma extensa camada da população perdeu totalmente sua capacidade de compra, o comércio paralisou, os bancos retomaram os bens e não tem para quem vender, porque não existe mercado para tanto. No momento a seguir a indústria começou a desinvestir, o desemprego acelera-se a cada dia tanto na indústria quanto no comércio, e isto se reflete duplamente no mercado imobiliário – quem tem imóveis comerciais está com os mesmos vazios, e quem antes alugava imóveis residenciais voltou com a nova família para a casa dos pais e de parentes. Todo o dinheiro que circulava na forma de locações simplesmente DESAPARECEU DA ECONOMIA.
Acontece que como os projetos da esquerda são supranacionais, chegou-se rapidamente ao ponto em que os impostos recebidos não são suficientes para se cobrir os rombos, tanto pelo massivo desvio de dinheiro para fora do país, quanto pela desaceleração da atividade econômica, que faz com que se gerem menos impostos. Não existe mais como tributar os que trabalham e produzem, até mesmo por limitações legais e políticas. Aqueles que pararam de trabalhar para receber bolsas esmola primeiramente abandonaram voluntariamente seus empregos, hoje tais empregos não existem mais. Aquela parcela da população que permaneceu trabalhando está sendo despedida e indo para casa pelo DESAPARECIMENTO dos postos de trabalho. As empresas que podem, estão baixando as portas, perdendo o dinheiro investido a décadas, e migrando para países viáveis2. A diminuição do lucro das empresas faz com que investidores retirem dinheiro das bolsas, levando o capital para outros países.
Hoje o Brasil parou de pagar seus compromissos. Embaixadas há muito já não tem dinheiro para pagar contas de água, luz e telefone. Bases aéreas são fechadas por falta de dinheiro para comida, ou porque a vigilância sanitária bloqueou a cozinha. Os órgãos públicos não conseguem mais receber o dinheiro a eles destinados, governos estaduais e prefeituras não conseguem sequer pagar suas folhas de pagamento. Serviços terceirizados foram totalmente paralisados por falta de pagamentos, então as cidades começam a ficar abandonadas, apesar de plenamente habitadas.
As maiores empreiteiras de obras públicas estão todas com seus dirigentes presos em seguidos escândalos de corrupção, sempre com valores BILIONÁRIOS, e só serão salvas da falência a partir de manobras que já despontam, e que visam salvar simultaneamente corruptos e corruptores das garras da justiça – uma justiça que em seu topo, o STF, está hoje totalmente aparelhada por membros indicados pelo ParTido.
No Brasil, o governo pode dar a direção e cargos de confiança em empresas públicas e mistas, órgãos públicos em troca de favores políticos e votos de políticos, e isso não é sequer considerado como crime de corrupção. Além do prejuízo inerente ao fato de se ter pessoas não qualificadas em sua direção, estes cargos são utilizados para produzir contratos gravemente lesivos às instituições, sempre com gigantesco desvio de dinheiro público.
Alguns graves ataques à base da educação também contaram para que chegássemos até este ponto. A modificação nos conteúdos e nos métodos educacionais, junto com mecanismos venenosíssimo como a tal “progressão continuada” garantiram que as novas gerações tenham uma severa doutrinação de esquerda, sem conteúdo letivo, e sem a obrigação de SABER. Tenho presenciado muitos alunos formados em ensino médio que não foram alfabetizados, inclusive conheço ao menos um que chegou ao final do primeiro ano de um curso de direito nesta condição – com a direção da universidade pressionando a professora de Português Jurídico a passá-lo de ano, sob pena de perder o emprego. Casos de analfabetos funcionais são muito mais comuns, e os encontramos comumente entre profissionais com curso superior completo. Com isso a nação deixa de ser competitiva, porque a ciência e tecnologia não se medem pelo número de diplomas, mas sim pelo que os diplomados efetivamente são capazes de produzir.
Outro fato para o qual aparentemente não se dá a devida atenção, é que atualmente temos mais de 50 mil pessoas mortas violentamente em crimes, e mais outras 50 mil mortas no trânsito. Das 50 mil mortes criminosas, apenas algo ao redor de 4% são esclarecidas – a maior parte entra em estatísticas gerais, sem se saber ao certo o verdadeiro motivo, ou a autoria. São muitos crimes cometidos por ladrões que simplesmente matam suas vítimas sem as vezes nem conseguir levar aquilo que roubam. Um grande número de homicídios acontece entre traficantes, e neste ponto, acho que morrem poucos – o número de traficantes mortos poderia triplicar a cada ano durante anos e anos, e ainda haveria um excesso deles por aí. Não é possível se descartar a hipótese de muitos destes homicídios não solucionados devem se tratar de bandidos que tentaram enfrentar policiais ou cidadãos de bem que reagiram, mas isso não é possível saber, pelo simples fato de que aqui no Brasil quem se defende responde criminalmente, com todas as consequências jurídicas e reflexos financeiros diretos e indiretos até que algum dia consiga ser eventualmente julgado inocente por um Juiz de Direito. Nem sempre a vida de um bosta de um bandido vale todo esse infortúnio. O fato é que enquanto as atividades criminosas forem mais e mais interessantes e impuníveis e continuar o peso CONTRA O CIDADÃO DE BEM, os números da violência só aumentarão.
Como se tudo isso não bastasse, o que se observa atualmente é as pessoas falando de “crise”, como se a situação fosse passageira ou condicional. As pessoas, no geral, não tem A MENOR IDEIA da extensão das coisas. Muitos estão passando os feriados de fim de ano como se nada estivesse acontecendo – vamos aos supermercados, e o semblante das pessoas é exatamente o mesmo de sempre.
Um incêndio não cessa enquanto houver abundância de combustível e comburente. A situação brasileira não tem nenhuma tendência de se reverter a médio prazo, pelo simples fato de que NENHUMA DAS CAUSAS está sendo combatida. Pelo contrário, o ParTido fez uma tomada gramsciana do poder, o que lhe garantiu o controle o STF, TCU e TSE, e com isso, nenhum dos crimes cometidos pelos chefes jamais será punido – mesmo sendo de conhecimento público.
A “crise” não é momentânea, não é setorial, nem é local – notem que também não é mundial. A eclosão da economia brasileira, aliada à eclosão da estrutura social, acontece apenas nas nações bolivarianas da América do Sul, o que inclui o nosso país. A diminuição da atividade econômica não tem fatores que permitam sua reversão, porque as medidas do governo não vem na forma de se salvar a atividade econômica, mas, ao contrário, forçar cada vez mais a tributação sobre quem ainda consegue sobreviver no mercado.
A impunidade dos chefes do ParTido tampouco ajudam, pois sinalizam para o mercado internacional que o Brasil está se afundando cada vez mais e mais no comunismo bolivariano, levando a nossa economia, que já foi a quinta do mundo, a simplesmente se esvanecer até nos tornarmos uma segunda Venezuela.
O governo passou a governar com Medidas Provisórias, Portarias e Instruções Normativas, muitas delas inconstitucionais por não terem embasamento em Leis Federais que lhes deem suporte, o que é clara característica de uma ditadura.
A pá de cal sobre tudo isso veio neste mês de Dezembro de 2015, quando o STF, contrariando a Constituição Federal e o Regimento do Congresso Nacional, alterou o rito de impeachment da PresidanTa da República, de forma a dar poderes absolutórios nas mãos do Presidente do Senado. Entre outras coisas, foram soterradas as cláusulas de bicameralidade e de controle mútuo entre os poderes, ou seja, desde este mês já não estamos mais vivendo sob o Estado Democrático de Direito, nem tampouco o Brasil é mais uma República Federativa. Estamos sob uma ditadura tão desonesta, que nem assume ser uma ditadura, antes se auto declara como um governo democrático. O ParTido, que lutou abertamente CONTRA a Constituição Federal de 1988, e que desde que chegou ao poder já tentou diversas vezes criar uma nova constituinte, venceu apenas e tão somente se utilizando de um mecanismo previsto na própria CF, que foi a nomeação dos ministros das cortes superiores.
A última saída, e digo isso pela primeira vez, é a intervenção constitucional, com o Exército Brasileiro tomando o poder e fechando o Congresso Nacional. Eu torço para que isto aconteça sob o controle de homens de bem, e amantes de nossa pátria. Que o façam, CRIMINALIZANDO em definitivo todas as formas de socialismo, e que apenas após isso, sejam convocadas eleições com critérios técnicos para quem possa se candidatar – chega de um imbecil analfabeto poder se candidatar a Presidente da República. Como é que alguém que sabidamente imprestável para ser síndico de um prédio pode se candidatar a ser presidente de uma nação? Com toda a reportada falência de nosso sistema educacional, ainda assim é absolutamente INTOLERÁVEL que um mero vereador vote para criar uma lei, sem ser ao menos pós graduado em Direito.
E uso com propriedade a palavra intolerância, porque no atual contexto, sou vítima constante da intolerância – a intolerância dos burros, dos imbecis, dos ladrões e saqueadores.
Eu sinto muito por tudo isso, porque nasci e cresci amando este país. Mas enquanto a situação persistir, me nego a ter esperanças – pois até para termos esperança, é necessário que algo de concreto aconteça. E tudo o que está acontecendo, vem consistentemente na direção de termos a concretização da perda de nossa soberania nacional, derrubada de nossas divisas, e entrega do controle político da nação a um poder externo – Cuba.


1No Brasil existem incentivos e isenções fictícias de impostos para veículos de até 1000cc.

2O Paraguai, país que teve uma economia arrasada por décadas, agora emerge rapidamente.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Meu feliz natal para meus amigos

Natal é uma data onde nós, cristãos, comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Eu sei que a data tem de haver com o solstício de inverno no hemisfério norte, data comemorativa pagã. Até mesmo Papai Noel (Santa Claus) é oriundo da Alemanha, onde passou a se comemorar o Dia de São Nicolau, o que se espalhou para o resto do mundo, e lentamente acabou na lenda de Papai Noel. No Século XX a figura se popularizou com os trajes atuais, a partir de uma campanha publicitária da Coca-Cola.

Curiosamente, Jesus Cristo não nos ensinou a comemorar o seu nascimento, mas sim a sua morte. Assim, a festa anual que sempre cativou o meu coração infantil, na verdade é uma tragédia moral – primeiro ensinamos nossos filhos a acreditar em um ser sabidamente inexistente, levando-o a, ainda em sua infância, perceber que todos os adultos mentiram deliberadamente sobre algo tão importante. Nisto, quebramos a confiança básica que a criança deveria ter em seus pais. Segundo, a comemoração do natal em si contraria as orientações do próprio Jesus Cristo, porque apontam para o evento exatamente contrário àquele que ele pediu que lembrássemos. Terceiro, a data específica é uma data sabidamente de origem pagã, o que contraria as bases da religião judaico-cristã. Quarto e talvez mais importante, o natal só se tornou a data mais importante do ano por conta exclusivamente de propagandas comerciais.

De qualquer forma, existe uma coisa importantíssima no natal, que merece ser considerada: nesta época as pessoas são instadas a repensar seus atos, reconsiderar suas atitudes, e ir em direção ao abrigo de suas famílias e amigos.

Nenhuma época melhor, portanto, para se falar a respeito de amizades.

Eu tenho poucos amigos. Pouquíssimos. Mas os tenho para toda a vida. Considero amigo aquela pessoa por quem tenho um amor fraternal.

Pelo fato de na minha infância termos mudado muito, fui obrigado a adentrar em novas classes diversas vezes, tendo que refazer meu círculo de colegas diversas vezes. Eu tinha pesadelos terríveis a cada vez em que tinha que, pelo primeira vez, adentrar em uma sala de aula desconhecida. Conheci, então, milhares de outras crianças. Destes, fiz menos de meia dúzia de amigos que perduram até hoje.

Outro círculo social é a igreja, e fui durante décadas membro de uma igreja protestante de origem norte-americana. Durante estas décadas, adquiri mais meia dúzia de amigos.

Nas minhas atividades comerciais, em toda minha vida ganhei mais uns poucos e bons amigos, e no círculo fechado que adentrei há poucos anos, comecei a adquirir novos amigos, sendo incrível que até mesmo um primo meu, com o qual eu quase não havia convivido, hoje posso dizer que é meu amigo.

O que eu quero dizer, e isso todos deveriam considerar, é que atualmente a palavra “amigo” perdeu seu objeto: Todos chamam os outros de “amigo”, como se o simples fato de conhecer ou conviver fosse a fórmula mágica de uma amizade, daí onde se fala de “verdadeira amizade”. 'Isso non ecziste', o que existe é apenas amizade.

Considerar alguém como amigo, é ter amor fraternal por ele. É, também, se doar integralmente com lealdade, fidelidade e estar disposto a estar sempre disponível para atender as necessidades mais graves do amigo sem pestanejar. Um amigo conhece porém releva os defeitos de seu amigo, e, sempre trabalhará para que ambos vençam duas dificuldades e defeitos.

Agora cheguei no ponto que me motivou a escrever estas linhas: uma outra lenda que não a do Papai Noel, mas que tem moldados as últimas gerações de nossa civilização – a dos super-heróis.

Observando os super-heróis, tem-se a nítida impressão de que, para salvar a nossa sociedade, e proteger nossas amizades e pessoas que amamos, é necessário se ser um super-herói. Nada mais errado do que isto.

Se hipoteticamente houvesse tal pessoa com superpoderes, tal não poderia ser considerada como especialmente boa, pelo simples fato de nos ajudar e salvar - tal pessoa estaria fazendo isso sem riscos. Este foi um dos principais motivos pelos quais Jesus Cristo, quando entre nós, se bastou a repetir apenas e tão somente aqueles milagres que já estavam suficientemente bem registrados no antigo testamento, acrescentando apenas que aquele que crer, faria tudo aquilo e muito mais, na medida de sua própria fé. Jesus Cristo fez questão de nos mostrar a experiência de um homem lidando com problemas deste mundo, utilizando como principal ferramenta a sua fé. Este o fato também, pelo qual Jesus Cristo ao contrário de outros heróis bíblicos que foram simplesmente transladados para fora deste mundo, morreu. Nisso ele demonstrou a totalidade de sua humanidade.

A questão não é ser supra humano, estar acima dos problemas dos homens comuns. Justamente o contrário. A grande virtude é justamente estar aqui, inundado sob dificuldades, disputas, interesses, na competição em que todos nos encontramos por espaço, alimento, e até de bens materiais, ou por que não dizer, na disputa por atenção e afeto.

Saber viver sob esta pressão contínua, cientes de que daqui poucos minutos qualquer um de nós pode não estar mais vivo, ou pior, pode estar recebendo a notícia do falecimento de alguém que ama...

Saber viver ciente de que a reserva na caderneta de poupança pode ser a diferença entre sobreviver ou não em uma mesa de cirurgia...

Estar de tudo ciente, mas mesmo assim manter-se íntegro e honesto; afastar-se da maledicência e proteger seu amigo até mesmo quando ele estiver errado - orientando-o para que se corrija e não cometa mais o mesmo engano. 

Neste ponto, me permito sair um pouco do assunto, e passar uma regra simples de amizade: quando alguém vier lhe falar mal de um amigo seu, pegue seu celular imediatamente, e fale com o seu amigo a respeito DURANTE O MOMENTO em que ele está sendo acusado. Você verá que em quase a totalidade das vezes, se tratará de mera fofoca, pois o acusador não sustentará o que está falando. É muito fácil falar pelas costas, gerar contenda e sair correndo. Isso é coisa de moleque, daqueles que tocavam a campainha de uma casa e saiam correndo, mas muito mais grave pelas consequências. 

É justamente dentro deste ambiente gravemente hostil em que vivemos, que se destaca a importância da real, única e verdadeira amizade – quando você está sob severo ataque das adversidades da vida, e tem a certeza absoluta que estará sendo incondicionalmente defendido por alguém que tem, por você, o amor fraternal.

Então, para aqueles meus poucos, raros e verdadeiros amigos, eu ofereço aquilo que para mim é mais precioso: a certeza, dentro do meu coração, de que você é meu amigo.

Se eu te chamei de AMIGO, saiba que lhe atribuí o título mais nobre que conheço atribuível a qualquer ser no universo.

Que este seja o meu presente de natal aos meus amigos.


Arnaldo Adasz
Natal de 2015

domingo, 6 de dezembro de 2015

O Brasil indo para o buraco, e Araraquara sendo engolida


A nossa cidade chegou a ser a primeira colocada no índice Firjan de Desenvolvimento Municipal em 2007. 

Quando me mudei para esta cidade em 1998, existiam placas nas ruas com o número de telefone da secretaria de transportes, para que informássemos caso encontrado algum buraco no asfalto. Nunca encontrei.

Hoje uma rua é engolida por uma cratera, e as autoridades confessam não ter meios para reverter um único caso1.

Mas o que aconteceu aqui, para que caíssemos MILHARES de posições no ranking?

Simples. A cidade passou a ser governada por socialistas.

Os socialistas partem da premissa de distribuição de renda e doação a fundo perdido de dinheiro para os mais pobres.

São dois erros catastróficos, aptos a destruir qualquer economia.

Primeiro, renda não se distribui: distribui-se TRABALHO. Quando todos tem trabalho, a renda é inerente, e a máquina da economia funciona.

Segundo, dinheiro se dá a quem se encontra em necessidade real e imediata - salva-se alguém de uma situação de penúria, a fim de que a pessoa possa, no menor tempo possível, se tornar novamente produtiva.

O mesmo que aconteceu aqui em Araraquara, e que pode ser percebido simplesmente se andando nas ruas, aconteceu em larga escala no Brasil, pelo mesmo exato motivo.

Populações inteiras abandonaram as atividades produtivas, para viver de bolsas esmola. Sim, as pessoas preferem não trabalhar, se tiverem a garantia de sustento mínimo. Aqui não é o norte da europa, onde as pessoas se sentem constrangidas e envergonhadas por não trabalhar. Eu conheço o Brasil, conheço as cidades do interior do Tocantins desde que sou criança, cansei de ver pessoas trabalhando um dia para ter dinheiro para um pouco de farinha e pinga, e no dia seguinte deixar de ir trabalhar porque "não precisavam".

Não se faz desenvolvimento social doando-se dinheiro. O que desenvolve uma sociedade é o trabalho, e todos os teóricos socialistas eram notórios vagabundos, horrorizados com a ideia de trabalho. O próprio Marx era um notório vagabundo, daí suas ideias serem radicalmente contra o trabalho, na verdade, colocando o trabalhador na figura de um sub-escravo de um milionário empregador.

O comunismo extinguiu a figura do capitalista empregador, e colocou no seu lugar o estado empregador, falido, regido pelos gatos gordos do Politburo, ricamente alojados em suas dachas.Os trabalhadores deixaram de ser pobres no comunismo, para se tornar miseráveis.

Todos os partidos socialistas querem e sempre quiseram apenas uma coisa: poder. diferente do que aconteceu na Europa no início do Sec. XX, os partidos atuais se juntaram com grupos terroristas e traficantes de drogas em uma organização não-formal denominada “Foro de São Paulo”. Cumprindo estritamente a regra, o co-fundador da organização deixou de trabalhar ainda na década de 70. Os socialistas se dizem próximos dos trabalhadores e das classes sociais menos abastadas, auto intitulando-se líderes desta classe social em uma luta contra as classes mais abastadas. O objetivo a longo prazo é, conforme pode se ler no manifesto do PSB, extinguir as classes mais abastadas, e tomar todos os meios de produção. Em resumo, como líderes, querem estar no lugar dos “ricos”, sem jamais terem trabalhado um único dia sequer em suas vidas miseráveis para a criação de riquezas, uma vez que nenhum deles sabe construir nada, são bons apenas em dividir e destruir.

Os pobres são pobres não porque são explorados pelos ricos, mas pelo fato de que não sabem e não querem pagar o preço para serem ricos. Qualquer um que se determine e pague o preço, será rico.

Nunca tente explicar isto para um socialista, seria o mesmo que tentar explicar ética para um petista.

Ricos são ricos não porque tem dinheiro, mas porque sabem como acumular e multiplicar riquezas, e o farão de forma consistente não importa a situação em que se encontrem.

Dê um prêmio milionário para um pobre, ele será um pobre com dinheiro, até o dinheiro acabar.
Jogue um rico nu no deserto, e ele continuará sendo rico, e terá muito dinheiro em breve.

Este o motivo pelo qual nunca, jamais um governante socialista conseguirá enriquecer uma nação, ou ao menos manter o nível de vida dos cidadãos: Socialistas não acreditam na construção de riquezas, e, por este motivo, não sabem o que é isto, ou como se faz.

Os empresários que sustentaram o vagabundo Lula durante todo o seu tempo de ostracismo, e que o patrocinaram durante as greves do ABC, e depois novamente durante sua ascensão ao Governo Federal, nunca estiveram interessados em progresso da nação – o fizeram com o único objetivo de ter um fantoche sob seu controle, e assim poder se locupletar das riquezas da nação. Queriam acesso à chave dos cofres públicos.

É isto que observamos nos gigantescos esquemas de corrupção que se tornaram a regra institucional da nação. Num primeiro momento era surpreendente e até incompreensível ver mega empresários apoiando um zé ruela para ser presidente de uma nação. Mas ao se observar os rios de dinheiro que foram drenados da máquina pública, logo se compreende que os objetivos nunca foram lícitos.

Agora, o que a nação precisa fazer? Proteger as mega empresas responsáveis por realizar os grandes projetos de estrutura da nação? Ora, todos sabemos que estamos em 2015 sobrevivendo com a estrutura que recebemos em 1985, com 30 anos de remendos. Ninguém está construindo estrutura, não há o que se proteger. Ao contrário, o dinheiro do BNDES está sendo utilizado para a construção de infraestrutura FORA DO BRASIL.

O que precisamos é que os bandidos sejam presos, que as empresas que participaram dos roubos aos cofres públicos tenham os seus dirigentes presos com seus bens pessoais arrestados e leiloados para repor ao menos um pouco do dinheiro do povo, e que as empresas deles respondam civilmente pelos ilícitos até a exaustão do último centavo roubado.

Aí eu digo que quem realiza as obras de estrutura não são as mega empresas – são sim os engenheiros, os administradores, os peões, que continuarão aqui após a extinção das empresas super especializadas em assalto aos cofres públicos.

Um novo sistema de pregões e licitações pode sim prever financiamento estatal para a constituição de patrimônio para novos empreendedores que demonstrem capacidade técnica para a execução de obras públicas, até mesmo para a aquisição de equipamentos. As regras atuais impõe que a empresa demonstre primeiramente TER os equipamentos necessários para a realização da obra, o que apenas garante o cartel.

Levaremos DÉCADAS para limpar a máquina pública de todo o lixo que foi lá enfiado pelo PT e outros partidos, em negociatas no congresso nacional. Para começar a limpeza, é necessário se extinguir IMEDIATAMENTE, e com efeito retroativo, todos os cargos comissionados, fazendo com que só funcionário concursados e de carreira cheguem aos cargos de direção. O problema é que não é só o Poder Legislativo que está na posse destes cargos, o grosso do poder legislativo recebeu poderes de nomeação de cargos, que foram loteados em negociatas muito mais sujas do que Mensalão e Petrolão juntos. Então será muito difícil conseguirmos leis federais que contrariem estes interesses espúrios.

Esta é apenas uma das facetas da falência da coisa pública, da res publica, da Republica.



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Somos escravos das leis da ciência

O mundo está falecendo por falta de conhecimento comum, mas, principalmente pelo fato de há séculos termos soterrado o pensamento original.

Às pessoas foi ensinado conteúdo, mas não pensamento. As pessoas, mesmo no nível superior, decoram pensamentos de terceiro e aplicam sem, no entanto, terem aprendido como desenvolver a ideia original. E o pior: As pessoas, mesmo algumas que se indignam com isto ou aquilo, não tem capacidade, ou antes não sabem desenvolver raciocínios lógicos, nem mesmo os mais simples.

Assim vemos, para mencionar a área do Direito, pessoas que pegam modelos de petições para trabalhar em suas causas, e outros que, mais diligentes, ainda colhem partes de textos de doutrinas e jurisprudências conexas ao fato. Quando realmente existe a conexão lógica, já é algo muito bom - cansei de ver textos jurídicos onde não havia ligação entre o que se pretendia provar, e o material utilizado na petição.

E o problema se arrasta até níveis onde a qualificação dos operadores não deveria permitir que isto acontecesse, engessando o pensamento jurídico, gerando como consequência decisões se baseando em decisões passadas, muitas até prolatadas em um contexto de leis que já foram alteradas - a lei se altera, mas continua se julgando a matéria como se nada houvesse sido mudado. E a desculpa, quase sempre, é que os tribunais superiores ainda não se manifestaram a respeito - assume-se que se pensa com o cérebro dos outros. Os juízes que assim agem são discípulos das Greias, que compartilhavam um único olho entre si. Ou pior, porque nada impedia de as Greias terem sua própria opinião no momento em que utilizavam o olho comum.

A civilização ocidental passou pelo obscurantismo, onde o conhecimento era quase um sinônimo de pecado, e floresceu no iluminismo, onde o pensamento científico tomou importância. A seguir, vieram gerações de não-pensantes, que tendo recebido os pensamentos originais, os tiveram como leis absolutas, e se bastaram apenas e tão somente a recebê-los. A nossa ciência, hoje, está tão fundada nos pensamentos originais, que qualquer pensamento novo e original é apenas considerado errado, sem questionamento. E para garantir que algo é certo, justifica-se com os escritos de fulano, beltrano e cicrano - pronto, temos uma tese inatacável.

Há alguns anos escrevi, e algum tempo publiquei, aqui mesmo neste blog, sobre minha ideias a respeito de inconsistência na Teoria Geral da Gravidade. Existem modelos matemáticos complexos, todos eles escritos sempre tendo como base a teoria original. Ninguém aceitaria modificar o pensamento original, porque isto implicaria se perder um século de estudos – mas ninguém vê que se sepultarmos os novos pensamentos originais, seremos eternamente escravos dos séculos passados. Seremos a mais adiantada civilização que tenta fazer coisas novas com os pensamentos antigos.

Neste ponto me vem à cabeça a questão dos dogmas religiosos. Mas o cientista tradicional é tão dogmático quanto qualquer religioso. E ambos trabalham da mesma forma – se tentam inovar, é sempre sobre uma base imutável.

Observo um filósofo da Grécia antiga, um matemático do Egito antigo, um jurista romano; será que estes homens eram mais inteligentes do que o somos hoje? Sim e não. Sim, porque estavam em um ambiente que lhes permitiu o pensamento original, e, assim, puderam desenvolver coisas novas. E não, pelo fato de hoje termos homens e mulheres tão ou mais inteligentes do que naquela época. O único problema, é que os pensadores atuais podem fazer tudo, desde que não questionem o pensamento antigo. Assim, como foi dito que MASSA ATRAI MASSA, e se eu soltar uma pedra (que tem massa) e ela vai cair no chão (que tem massa), então eu posso fazer o que eu quiser, mas não tenho o direito de questionar o fato de massa atrair massa. Se o fizer, serei imediatamente ridicularizado, considerado um louco ou idiota – quando na verdade, estou apenas pretendendo discutir o pensamento original.

Esta é a nossa marca, a característica intrínseca da nossa era – no futuro seremos lembrados por termos desenvolvido tecnologias surpreendentes, como nos chips de silício, ao mesmo tempo em que seremos lembrados como a era da imbecilidade e da incapacidade de discutirmos e criarmos o pensamento original.

Mas ao analisarmos a nossa mais alta tecnologia, veremos que ela não cria nada novo, absolutamente nada – o mais avançado dos computadores, só consegue fazer um volume maior de trabalho em menos tempos, mas depende integralmente do pensamento de homens que há muito não permitem que o conhecimento humano original seja rediscutido, para que assim tenhamos o nosso próximo salto científico.


Porque hoje já sabemos praticamente tudo o que podemos saber sobre o mundo ao nosso redor, analisando-o pelo ponto de vista que temos hoje. Então, para sabermos mais, precisamos parar, desconstruir o pensamento original, refazê-lo sob o maior número possível de hipóteses, e começar a estudar tudo como os primeiros de nossos ancestrais o fizeram. 
  

sábado, 7 de novembro de 2015

Desinvestimentos

Praticamente todos os dias eu publico no meu perfil do Facebook uma nova notícia sobre desinvestimentos no Brasil.

Hoje não podia ser diferente - as indústrias continuarão contabilizando seus prejuízos, despedindo funcionários e vendendo suas plantas industriais com grandes prejuízos, para com isto evitar falência.

Hoje a notícia é a respeito da multinacional alemã MWM, que já havia desativado sua fábrica de caminhões, e agora, por ter perdido um contrato com a GM, está desativando o restante de suas atividades de fabricação de motores.

MWM fechando sua fábrica em Canoas


Esta notícia tem uma peculiaridade: um deputado do PSOL, afirmando que, como a empresa não faliu, deveria manter os empregos (apesar de não existir mais produção). Só comunista mesmo para achar que uma empresa é obrigada a manter empregados mesmo não tendo mais serviço.

Pedro Ruas, faça o seguinte: socialize o seu salário com estes trabalhadores. Ou você é comunista só com o dinheiro dos outros?

Sobre os sindicatos não fazerem nada: Fizeram. Leiam os registros históricos, vejam como o filho da puta do adáctilo quebrou o grande ABC na década de 70/80. Sim, estou falando daquele famoso sindicalista, cumpanhêro que, a soldo das fábricas que não conseguiam desovar seus carros caríssimos, promovia as greves uma após outra. Todos os pelegos ficaram fascinados com os direitos conseguidos na época, para logo após perderem os empregos, com todas as empresas fechando. Eu mesmo arrestei um monte de maquinários de uma empresa que me devia, mas foi muio difícil vender porque houve um desmonte geral de todas as metalúrgicas da região, de forma quase simultânea - numa época em que a industrialização no Brasil crescia.

Vou aproveitar e fazer algumas observações sobre democracia. A Democracia nasceu na Grécia, onde os pater familia eram os eleitores. Hoje, deturpou-se o conceito de democracia a ponto de até adolescentes e analfabetos votarem. Sim, em um país sem cultura (ou pior, onde abanar a bunda é chamado de cultura), a grande horda de acéfalos elege seus pares. Se apenas os presos pudessem votar, a disputa seria entre Fernandinho Beira Mar e o Marcola. Se só os internados em hospício pudessem votar, bom, acho que o PT seria eternizado no poder. Uma pichação remanesceu por muitos anos em um muro, na Avenida Mutinga, no bairro Pirituba, na cidade de São Paulo-SP. Dizia o seguinte: "Milhões de moscas não podem estar erradas: coma bosta".

E atualmente não se julga mais pessoas pelos seus atos, mas sim em razão de sua popularidade. Popularidade é poder. Este o motivo pelo qual hoje, Jair Bolsonaro, que não sabe disso, tem mais poder do que o Lula.

Mas vamos voltar aos desinvestimentos. Primeiro, é necessário se falar sobre planejamento.

Qualquer empresa, antes de assumir dívidas ou designar verbas para um projeto, faz um exaustivo estudo de viabilidade. Quanto maior a empresa, mais extenso este estudo. O prédio da IBM, na Rua Tutóia, está instalado em um terreno de terceiros, mediante um contrato de comodato de 100 anos. É o caso de planejamento mais longo que eu tenho notícia, mas não tenho dúvidas de que devem existir outros casos.

As multinacionais são ótimas em planejamento de longo prazo, e isto é necessário pois sem isto a empresa não teria previsão de continuidade, e os acionistas seriam apenas aventureiros. Aquelas ações encontradas na baú do vovô não valeriam nada, se não fosse o planejamento de longo prazo, mas, também, a política estratégica dinâmica. Vejam o caso da Honda em Itirapina: Estão terminando de construir uma fábrica, que se mostrava necessária pelas projeções de mercado, mas uma vez que detectaram que o mercado não terá demanda para sua produção, simplesmente deixaram a fábrica em stand by. Esta é uma forma sensata de desinvestimento. Não me surpreenderia se, em breve, alguma fábrica chinesa comprasse estas instalações por uma fração do seu preço.

Uma das coisas que é levada em consideração no planejamento em longo prazo, junto com a administração estratégica, é o ambiente político. Um governo liberal permite a expansão de negócios, enquanto um governo de esquerda tende a se apropriar dos bens de particulares, começando, via de regra, pelas indústrias. Aqui no Brasil é permitido que partidos comunistas participem de eleições, abertamente, sem escrúpulos. Assim, temos o PSB, que em seu Manifesto, Inc. VII, prega a socialização dos meios de produção. Isto significa a desapropriação das indústrias sem ressarcimento. Com a subida de Eduardo Campos e Marina Silva nas últimas eleições para presidente estivemos mais perto do que nunca de ter estes objetivos colocados em prática. Ah, tudo bem, eles dizem que não são comunistas. Até pouco tempo, poucos viados diziam que eram viados, mas transavam com outros homens mesmo assim. Só recentemente passaram a ter orgulho disso, pleiteando direitos divinatórios pelo fato de dar a bunda. Então o título de comunista, socialista, nazista, etc., é absolutamente irrelevante: o que importa, é a praxis.

Em 1990 foi fundado informalmente o Foro de São Paulo, composto pelo lixo sul americano. Sim, organizações radicais são formadas mas nunca formalizadas, o que não as impede de cumprir metas e objetivos, nem muito menos deixar de receber quantias vultuosas de dinheiro, como acontece no Brasil com o MST. O Foro de São Paulo foi fundado com o objetivo de, primeiramente, fazer com que todos os países da América Latina tivessem presidentes oriundos do Foro. O objetivo declarado é transformar toda a América Latina em um único bloco de repúblicas soviéticas, ou seja, derrubar todas as fronteiras e destruir o conceito de soberania nacional, colocando todo este imenso território sob o comando de um único governo central. Apesar de inicialmente ter ficado claro que este governo central ser Cuba, Lula acha que tem chances de ser o líder do soviete supremo, o que obviamente seria uma traição a Cuba, mas entre os comunistas a traição é absolutamente comum e cotidiana.

Com a ascensão ao poder dos presidentes colocados pelo Foro de São Paulo, iniciou-se um processo de destruição da economia local. Primeiramente o partido vencedor iniciou uma tomada gramsciana do poder.

No Brasil, iniciou-se com a exoneração de todos os cargos de confiança anteriores, substituídos por membros do PT. Na sequência, iniciou-se uma rodada gigantesca de suborno a parlamentares, abastecidos fartamente com dinheiro público. Dois desses esquemas vieram a tona, o mensalão e o petrolão. A nomeação de altos escalões do governo e empresas públicas e mistas não é visto como irregularidade no Brasil, nem a barganha destes cargos em troca de apoio político. Aqui no Brasil esta forma de corrupção é considerada legal, e completamente aceita. A tomada do STF foi apenas uma questão de tempo, de vez que os ministros são indicados pela Presidência da República, e basta que as sucessões aconteçam naturalmente e os candidatos sejam aprovados em sabatina do Poder Legislativo para que tudo se aperfeiçoe. Para se ter, nestas condições, um ministro que vote contra os interesses do Partido no poder, é mera questão de sorte. Nas Forças Armadas acontece a mesma coisa, o comando vai sendo escolhido a dedo pelo alinhamento ideológico, e, novamente, é mera questão de tempo até haver um aparelhamento completo. Aqui no Brasil algumas empresas, como a EBCT, já estão totalmente tomadas por membros do ParTido. A corrupção, que é uma tradição histórica do Brasil, deixou de ser aquela do "cafezinho", da "gorjeta", e passou a ser regra fundamental para acesso a qualquer contrato com a administração pública. O dinheiro da corrupção passou a ser distribuído organicamente, os custos de todos os serviços e bens oferecidos à administração pública foram inflacionados a patamares inimagináveis.

Uma vez no controle dos bancos públicos, iniciou-se um projeto de desvio de dinheiro público em quantias absurdas, destinados a contratos de projetos a serem realizados no exterior, por algumas empresas brasileiras escolhidas a dedo. O Tribunal de Contas da União perdeu acesso às contas deste dinheiro. Simultaneamente iniciou-se o perdão de dívidas de republiquetas latino americanas e africanas, sendo importante anotar a entrega das instalações da Petrobrás na Bolívia, uma doação de Lula a Evo Morales, que se perpetua mediante novos contratos que incluem a doação de dinheiro sem explicações plausíveis. Os fundos de pensão administrados pelo PT adquirem títulos da dívida pública venezuelanos e argentinos, dinheiro dispendido a fundo perdido. Ao contrário do que se imagina, o prejuízo não é apenas das empresas públicas envolvidas, ou dos pensionistas: Este dinheiro foi retirado das Bolsas de Valores Brasileiras, este dinheiro deixou de circular e gerar riquezas no país, e foi despejado no poço sem fundo de economias em estágios mais avançados de, como posso chamar, 'venezuelização'.

Uma vez eu participei de uma reunião de comerciantes, que estavam preocupadíssimos com uma inadimplência que chegava a "apocalípticos¨ 4%... Hoje, o mesmo grupo lida com uma inadimplência de mais de 40%. O governo federal, a fim de criar uma ilusão de ascensão dos pobres à classe média, iniciou um processo de liberação de crédito a consumidores sem a menor condição de adimplência, e isto inundou temporariamente a economia com dinheiro. Se você não sabe, precisa compreender que DINHEIRO é algo que não existe, não em nosso sistema monetário. Nosso dinheiro é criado a partir de Títulos de Dívida Pública, por um método denominado Sistema de Reserva Fracionário. A primeira parte deste vídeo explica este sistema de forma bem didática. Adolf Hitler levantou a economia da Alemanha, retirando da maior recessão e inflação do Sec. XX, simplesmente banindo o sistema de reserva fracionária, e atrelando o valor da moeda ao trabalho e aos bens produzidos - moeda de valor real, impossível de se inflacionar, e que destruía todo o sistema de juros bancários sobre o qual o sistema de um Banco Central se lastreia. Cornelius Carl Veith disse, em 1949, que a Segunda Guerra Mundial nasceu justamente porque o sistema bancário internacional, que financiara Hitler anteriormente, em determinado momento enviou um ultimato para Hitler abandonar o sistema de moeda de valor real, sob pena de isto ser considerado um ato de guerra. Mas o que importa, é que o sistema permite que o governo emita dinheiro a partir de políticas públicas (dinheiro totalmente inflacionário), e se este dinheiro, que é distribuído à população através de endividamento individual, não é pago, o único resultado possível é uma recessão. Ou estagflação, no nosso caso.

Funciona assim: o camarada, por falta de educação financeira, já vinha a anos fazendo suas compras de supermercado e seu consumo mensal no Cartão de Crédito, e isto significava que, em muitos casos, os compromissos de um mês inteiro estavam protelados/comprometidos. Além de não ter reservas, tinha dívidas, que nunca lhe preocuparam pelo fato de ter o seu salário, e vir pagando seus compromissos. Mas esse cidadão não conseguia comprar um carro novo, uma geladeira duplex, um TV de tela plana, etc. Nem muito menos sua casa própria.

Lula ganhou sua primeira eleição, e conseguiu se reeleger. Para colocar sua Avatar no poder, criou a ilusão do Pré-Sal, o prefácio do maior escândalo da história do Brasil.

Para que Dilma fosse reeleita, houve uma super oferta de crédito popular, onde SEM ACRESCENTAR NEM UM ÚNICO CENTAVO À RENDA DO TRABALHADOR, todos de repente estavam de casa nova, carro novo, mobílias e eletrônicos típicos de profissionais de classe média. Foi criada a ilusão de uma nova classe média ascendente. Esta ilusão não se sustentou, porque a imensa maioria destes novos consumidores, teve que optar por comprar COMIDA, ao invés de pagar as novas prestações recém assumidas. Foi Keynes aplicado sob a ótica de Karl Marx - fuderam a economia brasileira.

A economia funciona circularmente. A fábrica produz, o comércio vende, o consumidor trabalha e compra o bem. Mas quando a fábrica produz, gera emprego e paga impostos, o comércio idem. Se o consumidor perdeu sua capacidade de compra, o comércio fica estagnado, e a fábrica para. Quem trabalhava no comércio e na indústria, que também era consumidor, fica desempregado, e isso pressiona ainda mais a desaceleração da atividade econômica.

Se  uma empresa multinacional investiu em uma fábrica no país, e vê a crise como fruto de uma anomalia temporária, aceita trabalhar com prejuízos durante algum tempo, para não perder todo o investimento, sendo o principal deles a formação de mão de obra especializada, pois é o de mais difícil reposição. Quando uma empresa assume perder todo o seu investimento, e sair do país, é porque não existem perspectivas a médio e longo prazo, ou pior, já se sabe que irá acontecer uma "socialização dos meios de produção". E como se pode ter certeza a este respeito? Simples. Estudando história, e comparando a experiência humana com os fatos presentes.

O desinvestimento não é causa, é consequência. Mais do que isso, é o sinal de que a implantação do comunismo bolivariano no Brasil não é apenas uma hipótese distante. O fato de não se prender e retirar imediatamente os direitos políticos de um personagem como o ex-presidente Lula indicam não uma simples omissão, mas sim uma razoável certeza de que aquele que o fizer, será perseguido em um futuro próximo nos moldes estabelecidos por todos os governos ditatoriais do planeta.

Assim como os policiais, promotores e juízes nazistas foram todos expostos no fim daquele regime, os profissionais de hoje sabem que estão sob risco de o serem após a entrada do comunismo bolivariano em definitivo no Brasil.

O brasileiro não vê isso. Ele vê que entra em um supermercado, o ar condicionado está bem regulado, as frutas estão frescas, e ninguém ao seu redor está preocupado.

As empresas multinacionais veem mais. E reagem estrategicamente.

Brasileiros se movem, querendo o impeachment da presidente da república (tudo minúsculo). Empresas sabem que a tomada gramsciana já foi feita, e que já não é tão importante hoje QUEM está no cargo de Presidente da República.

Por isso ocorrem os desinvestimentos.



domingo, 1 de novembro de 2015

Contra a venezuelização do Brasil


As empresas estão baixando as portas no Brasil. Coloco aqui o link para uma reportagem, a respeito de uma indústria cuja operação não é mais viável no Brasil1. Vejam o final da reportagem, agora, o Brasil precisará importar estes itens que eram fabricados pela empresa. O que está acontecendo se chama "DESINVESTIMENTO". As empresas perdem fábulas de dinheiro, perdem mão de obra altamente especializada, acabam vendendo plantas industriais completas por uma fração do valor. Mas, qual o motivo dessa debandada? Simples. A operação começou a dar prejuízo operacional, devido aos elevadíssimos custos diretos e indiretos, principalmente ligados a mão de obra e impostos, e já está suficientemente claro que as condições de trabalho que permitiram a implantação da empresa no Brasil já não existem, e não tem condições de existir em um futuro próximo. 

São muitos os fatores, todos com uma mesma causa em comum: a implantação do comunismo bolivariano na América Latina, e, também no Brasil. Apesar de o Brasil ser, através do ex-presidente Lula, um dos precursores da comunização da América Latina, aqui, os eventos e os fatores são bastante diversos.

Aqui no Brasil existe uma cadeia de tributação impiedosa: os impostos incidem na mineração, no processamento da matéria prima, em todas as etapas de transporte até se chegar ao chão de fábrica; os impostos incidem nas máquinas e equipamentos, na energia, na água, no descarte da água; os impostos incidem até mesmo, de forma muito pesada, nas medidas ambientais que são impostas aqui, lembrando que apesar de sermos uma nação subdensenvolvida, e estarmos agora retornando ao estágio de desenvolvimento anterior à década de 80 em matéria de infraestrutura, temos uma das legislações ambientais mais travadas (dizem avançada) do mundo. Finalmente, para cada real pago para qualquer funcionário, paga-se mais dois para o governo, o que onera a produção, mas mantém os salários efetivamente recebidos pelo trabalhador em níveis muito baixos.

Some-se a isto os entraves burocráticos monumentais, a quase impossibilidade de se importar tecnologia de ponta (por burocracia e custos), e o resultado é que os produtos industriais brasileiros acabam ficando defasados tecnologicamente em relação ao resto do mundo, mas com custos muito elevados. Custos tão elevados, que as empresas não estão conseguindo competir no mercado global nem com o dólar a mais de quatro reais - não se trata apenas de preços, mas de qualidade e tecnologia aplicada aos produtos.

Ainda sobre tecnologia, o Brasil é avesso a qualquer inovação.

Temos o INPI, que é de longe o pior escritório de patentes do universo. Uma bosta completa. Simplesmente não funciona, e pronto.

Nenhum pesquisador sério deposita uma patente no INPI, exceto o maior cliente do instituto, que é a Petrobrás. Depositando a patente em um país sério você economiza ANOS, e tem proteção patentária, algo que simplesmente não existe no Brasil. Aqui você deposita uma patente, que fica algo entre 9 e 11 anos para ser analisada, sendo que você é obrigado a pagar regularmente durante todo este período SEM PROTEÇÃO: as decisões judiciais são unânimes, fundamentadas inclusive em pareceres do próprio INPI, no sentido de que aqui no Brasil, proteção patentária só se dá para patentes DEFERIDAS, não apenas depositadas. Com os prazos prescricionários mais curtos do nosso Código Civil, na prática qualquer um pode piratear uma patente recém-depositada à vontade, e absolutamente sem risco de um revés judicial2.

Existem outros agravantes.

Somos um país de dimensões continentais, e por força das políticas da década de 60 do século passado, priorizaram-se a construções de rodovias ao invés de ferrovias, o que motivou a instalação e crescimento da indústria automobilística no Brasil, com o transporte de cargas e passageiros passando a acontecer predominantemente por estradas.

Primeiro, existe o fato de o transporte rodoviário permitir uma capilaridade maior, mas com custo também maior. O modelo ideal provavelmente teria uma conjunção de modalidades de transporte, com uma conjunção de vias ferroviárias, aquáticas e rodoviárias, ficando o transporte rodoviário restrito a curtas distâncias. O governo federal construiu e manteve as rodovias a custos altíssimos, engrossados por quantias crescentes desviadas para corrupção em todos os níveis da administração e da execução de contratos, sendo que agora que a economia está desacelerando, não existe mais dinheiro para se manter a infraestrutura. Na ausência de um modelo eficiente, o único modelo existente está simplesmente se dissolvendo. Sim, as estradas estão literalmente se dissolvendo. E o Brasil está perdendo a integração nacional, pura e simplesmente. Já existem hoje regiões literalmente isoladas.

O resultado já se observa nas indústrias de caminhões, que acumulam prejuízos APESAR das margens de lucros altíssimas, margens impensáveis em qualquer outro país. A margem de lucro unitária acaba se perdendo quando todos os custos fixos, brasileiros, se mantém, enquanto por falta de demanda não se pode mais produzir nos níveis mínimos para se manter uma operação lucrativa. E, sem lucro, uma empresa não funciona, quebra. Se a empresa é unitária, vai a falência. Se é parte de um grupo internacional, a atividade é encerrada com desinvestimento, para que os resultados negativos não afetem o lucro geral.

Os socialistas acreditam, de todo o coração, que as empresas tem uma “dívida social” que as obrigaria a manter suas operações mesmo com prejuízos, a fim de abastecer uma economia colapsante. Vimos isto na Venezuela, vemos isso agora no Brasil. Mas eles se esquecem que o governo existe com o dinheiro dos impostos, e que as empresas privadas não vivem em função do governo, bem pelo contrário – o governo existe apenas e tão somente porque recebe dinheiro da iniciativa privada.

Para tais empresas terem uma “dívida social”, seria necessário que ela tivesse retirado algo gratuitamente, e os socialistas consideram que o lucro, a chamada “mais valia”, é uma expropriação dos direitos do empregado. Façamos assim: Reunam todos os recentes desempregados fruto de um projeto socialista de poder, cuja implantação se iniciou na posse de Fernando Henrique Cardoso, e deixe que eles produzam. Se as indústrias (e o comércio) tungam o dinheiro do trabalhador, que se elimine o industrial, o banqueiro, o comerciante, e deixem que o populacho viva de acordo com as suas próprias regras.

Na prática, isso só funcionou em pequenas aldeias indígenas. Uma nação não se mantém assim.

Outra experiência que fracassou desastrosamente, foi de se colocar apenas um governo central de “trabalhadores”, e deixar a sociedade produzir e usufruir as riquezas. Curiosamente, a riqueza não aconteceu. Não havia quem CRIASSE a riqueza, simplesmente porque quem lá vivia sabia que ou pertencia ao ParTido, e assim poderia viver nas Dachas, ou era povo e estava fadado a andar de Lada. Se produzisse mais, se criasse mais, isso não alteraria o seu status – a eventual riqueza que ele produzisse seria imediatamente distribuída, e ele se manteria nas mesmas exatas condições. O inverso também era verdadeiro, se ele produzisse o mínimo, ou apenas um simulacro de trabalho, seu nível não decairia. Daí que qualquer um, nestas condições, opta por trabalhar menos, porque esta é a condição mais confortável. Se for possível não trabalhar NADA, e ainda assim manter seu status quo, melhor.

A imensa maioria das pessoas simplesmente ou não sabe produzir riquezas, ou não está disposta a pagar o preço por isso. Ah, sim, todos querem ficar ricos – mas preferem meios milagrosos para tanto, tais como ganhar na loteria ou receber a herança de um tio rico. Poucos são os que se debruçam anos a fio, estudando e trabalhando por até 18 horas por dia, em prol de um objetivo perfeitamente delineado. A verdade é que, em condições normais de uma economia saudável, é absolutamente natural que alguém que se esforce o suficiente com boa orientação e uma vontade inexaurível alcance conforto financeiro. Trata-se de mera consequência.

Quanto mais a pessoa se mantém em uma zona de conforto, quanto maior a segurança buscada, menor a possibilidade de se acumular riquezas. Mas as pessoas gostam de segurança, e chegam até mesmo a considerar irresponsáveis quem age com uma impulsividade maior, ou até mesmo com agressividade.

A zona de conforto é, na maioria das vezes, um emprego. Se a pessoa se dedica mais, então, que seja “um bom emprego”. Mas no Brasil, só um emprego concursado no governo garante salários com total segurança, inclusive aposentadoria integral. Então, aqui, o melhor em termos de conforto e segurança é um emprego estatal concursado.

Acontece que para cada pessoa trabalhando para o Estado, são necessárias dezenas trabalhando na iniciativa privada, produzindo e consumindo, e pagando impostos. Se a razão entre pessoas trabalhando para o Estado e pessoas trabalhando na iniciativa privada começa a se alterar muito, com o Estado inflando, as pessoas que estão fora começam a ter que pagar mais impostos para manter o Estado funcionando.

No Brasil, o Estado inflou a níveis inimagináveis, se transformando em um monstro engolidor de receitas. Isso passou desapercebido por anos a fio, enquanto a economia crescia. A própria inflação, que existia até antes de Itamar Franco criar o Plano Real, escondia as deficiências de caixa do governo. Lembrando que o outro fator, que é a corrupção, também sempre existiu no Brasil. A corrupção no Brasil é algo cultural, como a tal “Lei de Gerson”, onde cada um precisa levar vantagem em tudo.

Um outro problema, gravíssimo, foi o fato de a Constituição Federal ter permitido que o chefe do executivo nomeasse pessoas de sua confiança para a direção de empresas estatais, inclusive com a possibilidade de negociar estes cargos em negociações políticas. Tais empresas exploram setores da economia que são considerados estratégicos e ou necessários mas que não interessam economicamente para a iniciativa privada. Mas em todos os casos, são gerenciadas quantias astronômicas de dinheiro na gestão destas empresas. Ao se lotear politicamente a direção de tais empresas, isto ocorreu em prejuízo a uma gestão técnica, o que acarreta de imediato um aumento na ineficiência, mas, pior – abrem-se as portas para a corrupção nos contratos.

Em 2003 o PT chegou ao poder. Seu plano, declarado desde antes de sua fundação, ainda nos movimentos sindicais, era ter um governo de “trabalhadores”, que no jargão dos socialistas, significa um governo comunista3. Ao contrário da via revolucionária pregada pelos radicais ou “chiitas”, optou-se pela via gramsciana de tomada do poder. Isto significa se infiltrar em TODA A MÁQUINA PÚBLICA, colocando seus membros em todas as posições de controle, substituindo assim os funcionários de carreira, inclusive os concursados, por agentes políticos. Todo petista paga dízimos para o partido, desde sempre. Mas não é apenas isso: as empresas geridas agora precisam fazer caixa para o ParTido, financiando o projeto maior, que é a implantação de “La Patria Grande”4, o bloco socialista soviético latino americano (URSAL)5.

Em 1990 foi fundada uma organização discreta, denominada “Foro de São Paulo”6, cujo objetivo era colocar presidentes socialistas em todos os países da América Latina, e através dos métodos preconizados por Gramsci, garantir a implantação de uma única união de repúblicas, uma organização supranacional com um único governo central em moldes explicitamente comunistas7 (bolivarianos, como se o coitado de Simon Bolívar aceitasse uma merda dessas...).

Uma vez no controle das chaves dos cofres, iniciou-se uma campanha sem precedentes de drenagem do dinheiro público em prol deste projeto. O dinheiro dos fundos de pensão das estatais, com quantias gigantescas de dinheiro, foi retirado do mercado de ações brasileiro, onde financiava a atividade produtiva, e foi desviado para financiar o projeto comunista bolivariano, de diversas maneiras8. Ao mesmo tempo, se iniciaram projetos visando colocar o máximo possível de homens em idade militar vindos de republiquetas falidas, que começaram a ocupar as cidades brasileiras, abastecidos com dinheiro de bolsas assistenciais9. As notícias oficiais mencionam brevemente angolanos e haitianos, que na verdade são os que aqui se encontram em maior número. Digno de nota é também o programa “Mais médicos”, um plano de internalização de cubanos no Brasil que já custou vários bilhões para o nosso país10.

Um fato curioso, é que na implantação deste projeto os comunistas contaram com o apoio integral e irrestrito de grandes capitalistas. Homens e suas empresas que, seduzidos pelo acesso aparentemente “direto” ao poder, e que mediante a apropriação de dinheiro público em gigantescas quantidades, apregoou aos sete ventos as supostas virtudes de um partido de trabalhadores. Muitos destes homens agora começam a ser presos, muitas destas empresas agora sofrem prejuízos de grande monta. 

Um outro método de transferência de riquezas brasileiras para o projeto de “La Patria Grande”, é o de financiamentos do BNDES para governos estrangeiros, sabidamente a fundo perdido11. Os dirigentes das empresas envolvidas já estão sendo presos no Brasil por crimes praticados aqui dentro, mas ninguém ainda sequer mencionou sobre como, pelo menos, PARAR a transferência de quantias absurdamente altas para países com economias estagnadas há décadas, como Cuba.

Os ataques internos e externos contra a economia brasileira conseguiram deitar um gigante. Uma vez, na década de 70, um humorista brasileiro disse que parar a economia do Brasil seria como tentar frear um Scania na descida, com freio de fusquinha. Pois bem, toda economia tem seus limites, e os limites da economia brasileira já foram ultrapassados.

Já entramos na fase de desinvestimentos das empresas no país. As pessoas que tem condições, estão se desfazendo dos seus bens aqui com grandes prejuízos, para iniciar suas vidas em países mais estáveis, onde não existe o risco de venezuelização, ou, pelo menos, ela já não esteja em fase terminal de implantação, como aqui no Brasil.


Que ninguém se iluda. Os meios de comunicação não irão falar em crise brasileira. Fala-se em crise externa, que sabemos que não existe. Se a crise fosse externa, as empresas não estariam abandonando o país.

Não posso falar neste momento sobre perspectivas. Se continuarmos a caminhada na direção em que estamos, seremos uma Venezuela, e muito pior do que isso, seremos território de uma organização supranacional, não seremos mais uma nação.

Se a implantação do comunismo bolivariano fosse cessada milagrosamente de forma imediata, o que enfrentaríamos tampouco seria agradável - a situação das contas públicas, da dívida interna e externa, comparadas com os níveis atuais da economia, indicam a falência do Estado, uma situação só vivida por países arrasados e vencidos em guerra.

Mailson da Nóbrega, citando Larry Neal, menciona quatro fundamentos do capitalismo moderno: (1) direitos de propriedade; (2) respeito a contratos determinado por uma terceira parte (o Judiciário ou câmaras de arbitragem); (3) mercados que reagem ao sistema de preços; e (4) bons governos que apoiam a atividade privada12.

De traz para a frente: Não temos um bom governo, e o que temos, está destruindo a iniciativa privada. Os preços e o próprio mercado sofreram interferências tão profundas e radicais, onde posso mencionar a falsa aceleração do mercado através  de crédito concedido de forma irresponsável a consumidores que, sem ter os meios de acesso, de repente adquiram bens e não os pagaram. O nosso Poder Judiciário está gravemente comprometido, após a nomeação de ministros orientados politicamente com os projetos anti nacionalistas. E o Direito de Propriedade há muito está sendo relativizado, com o governo financiando grupos de terroristas que invadem e destroem propriedades rurais, laboratórios, etc.

Resistência existe. Esta é a peculariedade do Brasil - o país elegeu o PT, acreditando na fábula do trabalhador analfabeto que salvaria o Brasil, mas o mesmo cidadão que votou no PT, não age conforme a cartilha do ParTido. Vejo que vivemos um momento deveras interessante.

O projeto mais precioso dos bolivarianos, que é o desarmamento da população civil, nunca se materializou – a Lei 10.826/03, levou mais de 15 milhões de brasileiros à desobediência civil pura e simples – impossibilitados de renovar os registros de suas armas, tampouco as entregaram. Mediante severa pressão e controle sobre os delegados federais, o governo teve que amargar a derrota de ver que nos primeiros nove meses de 2015 nada menos do que 100 mil autorizações de compra de armas foram expedidas, o que significa um sexto do total de armas entregues desde 2003. E no mês de outubro a Comissão Especial que analisa do PL 3722/2013 aprovou o texto do relator, que, na prática, devolve quase 90% dos direitos que os brasileiros tinha em relação a armas de fogo antes de Fernando Henrique Cardoso.

O Poder Judiciário, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, contrariando interesses de Luis Inácio Lula da Silva, co-fundador do Foro de São Paulo, continua pressionando, averiguando, investigando, acusando e prendendo Petistas, Petralhas e empresários envolvidos em esquemas monstruosos de corrupção.

Fala-se em Impeachment de Dilma Roussef, a líder terrorista que assumiu o poder após Lula.

Mas não basta prender e retirar temporariamente os direitos políticos daqueles que tem por objetivo a derrubada de nossas fronteiras, não basta tentar recuperar ao menos uma ínfima parcela do dinheiro que foi roubado de nossos cofres.

Hoje, com a tomada gramsciana do poder perpetrada, a máquina pública encontra-se totalmente sob controle de um único partido, o PT.

O Estado brasileiro cresceu a níveis insustentáveis, o dinheiro público que deveria ser utilizado em infraestrutura, saúde, segurança, educação, é utilizado hoje para pagamento de salários de cargos burocráticos inúteis, e aposentadorias de servidores públicos que trabalham menos tempo do que recebem aposentadoria, uma inversão insustentável para qualquer economia.

O Brasil não conseguirá, sem uma revolução política, inverter a situação. Não se trata de mera teoria, a prática e a realidade atropelam os interesses partidários e acordos escusos e apontam para o simples fato de que um Estado que consome 50% do PIB apenas para existir, não é democrático, pelo simples fato de escravizar o seu povo.

Um primeiro passo, urgente, é se criminalizar o socialismo, o nazismo, o comunismo em todas as suas vertentes. Não é aceitável, nem ao menos em teoria, qualquer forma de pensamento político que depende de um Estado absoluto para sua existência – o Estado, a administração pública, os três Poderes da República devem existir apenas para cumprir suas funções precípuas constitucionais, e não pelo simples fato de existirem. Onerar os cofres públicos para pagar benefícios aos empregados do povo, como se estes fossem uma casta privilegiadíssima com direitos irrestritos, é inaceitável. Um vereador não pode jamais ganhar mais do que um professor, um deputado estadual não pode ganhar mais do que um policial, nem um deputado federal pode ganhar um centavo a mais do que um professor universitário comum. Um administrador público não pode ter privilégios de carros, motoristas, helicópteros, jatinhos a seu serviço, nada disso. Os bens públicos devem ser utilizados restritamente em benefício do serviço público, para a viabilidade da realização dos trabalhos, nada mais além disso.

Outra coisa que precisa cessar imediatamente, é a supremacia dos idiotas. Já elegemos o hipopótamos Cacareco, o Tiririca, o Romário, Lula, Dilma - pessoas de inteligência e conhecimento inexpressivos, que foram alçados a cargos públicos como protesto. Então um Vereador só poderia ser eleito para fazer leis, sendo no mínimo formado em Direito. Com dois mandatos poderia se candidatar a deputado estadual, depois com mais dois mandatos poderia ser deputado federal, mais dois mandatos poderia se candidatar a Senador. No executivo, a mesma coisa: Formação em administração de cidades para o prefeito, o prefeito com mestrado poderia ser candidato para governador, o governador com doutorado poderia ser candidato para presidente. 

Qualquer crime contra a coisa pública comprovada, perda perpétua de direitos políticos. 

Éramos uma nação rica, apesar de ainda termos uma base na agricultura e na extração de minerais. Nossa industrialização era incipiente, com alguns avanços notáveis em poucas áreas, mas é fato notório que os avanços nunca foram bem vistos. Não com o próprio governo financiando grupos para destruírem laboratórios.

Nossa situação é pior e muito mais grave do que qualquer jornal jamais mostrará, exceto as notícias que tenhamos acesso fora do país. E a situação não se corrigirá enquanto considerarmos que os bandidos que nos assolam tem direitos “democráticos” de fazer o que estão fazendo contra o país.

Bandidos não são coagidos pela lei – alguns as fazem, mas nem estes as cumprem. Bandidos são coagidos pela força. E enquanto continuarmos fazendo de conta que está tudo bem, que nada está acontecendo, e que é politicamente incorreto falar mal a respeito do atual estado das coisas, continuaremos caminhando em direção à derrocada do Brasil como nação livre, auto determinada, democrática e soberana.

Então, enquanto muito se fala sobre a defesa contra inimigos internos, a grande verdade é que a República Federativa do Brasil, como unidade nacional, só continuará a existir se fizermos firme combate aos inimigos externos, inclusive e principalmente àqueles que se encontram hoje em nosso território, e aos que sendo nacionais, dedicam suas vidas e esforços para o fim da nação brasileira.


2https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=7251663&cdForo=0
3Uma das ferramentas preferidas dos atuais comunistas, é dizer que não são comunistas, e inventarem uma miríade de definições alternativas, como se bosta deixasse de ser bosta apenas em se tratando com outro nome.