segunda-feira, 21 de novembro de 2016

VLM - veículo leve multimodal

Ideia que tive em 2000, tenho os arquivos originais da época.

Naquele tempo não existia a tecnologia atual de "drones", mas tive a ideia de um veículo com a configuração dos drones atuais, e carenagem aerodinâmica, que permitisse a decolagem e aterrisagem de precisão totalmente vertical, e navegação horizontal quase como um avião.
A navegação entre dois pontos tridimensionais pode facilmente ser feita com a tecnologia existente em video games, sem interação do "motorista".
Aqui os dois arquivos da época:

Idéia Básica


Construção de um veículo, automotor, de uso pessoal e ou familiar, para deslocamento via aérea.

Requisitos básicos:


  1. Poder se deslocar em solo quando for necessário;
  2. Trabalhar com sistema de decolagem vertical;
  3. Ter sustentação aerodinâmica, possibilitando o vôo planado e pouso em pista mesmo sem motor;
  4. Ter o equilíbrio do corpo do veículo totalmente controlado por computador;
  5. Sistema de pilotagem fly-by-wire, com o computador atuando entre o piloto e os comandos de superfície e de tração;
  6. Sistema de navegação integrado.
    1. O computador do veículo recebe do piloto a informação da navegação pretendida (Ex.: Da casa da sogra para sua residência);
    2. O computador do veículo constrói a rota evitando rotas aéreas, checando combustível necessário, notifica o servidor via satélite da navegação pretendida, a rota, e altitude preferencial;
    3. O servidor checa o tráfego de outros veículos na rota, informações meteorológicas, e libera a decolagem.
    4. O veículo, já no ponto de decolagem, levanta, efetua o vôo, e pousa no lugar pretendido.
    5. Durante o vôo, o veículo recebe as informações GPS, e envia em intervalos de tempo “pacotes” ao servidor, contendo hora exata e localização tridimensional;
    6. O servidor pode atualizar a navegação a qualquer instante, aumentando a segurança;
    7. A navegação pode continuar ‘off-line’ em caso de perda de comunicação com o servidor, com as informações do computador do veículo;
  7. No caso de navegação manual, só deve acontecer fora das áreas de trafego intenso, como grandes metrópoles, e muito provavelmente dentro das normas do CBAer.
    1. Mesmo neste caso o equilíbrio da aeronave continua sob controle do computador, que pode ser utilizado como ‘piloto automático’;
    2. Pode-se determinar limitações ao condutor, que pode ser desde um amador com conhecimento apenas na programação de navegação básica, até um piloto com habilidades em acrobacia aérea. No momento em que o piloto assume a aeronave, configura o computador para reagir de acordo com o tipo de utilização pretendida e seu nível pessoal.
  8. O veículo deve ser dotado de vários propulsores, no mínimo dois. A propulsão tem que ser de tal forma que gere deslocamento de ar, como por exemplo, por hélices;
  9. Os propulsores podem ser girados 360º no sentido axial da aeronave, permitindo que atuem para sustentação, quando dirigidos para baixo, e para deslocamento quando dirigidos para frente ou para trás;
  10. O corpo da aeronave deve ter função aerodinâmica, com função de sustentação, para que os propulsores possam ser direcionados para trás progressivamente enquanto aumenta a velocidade em relação ao solo. Asas podem existir, mas somente se forem retráteis, pois o veículo tem que ter dimensões externas não muito exageradas, visando se necessário for, deslocar-se pelo sistema viário existente.
  11. O veículo pode se manter parado no ar, em “hover”, com todos os propulsores direcionados para baixo. Com o controle da potência, o veículo então se desloca para cima ou para baixo.
  12. Em uma configuração ideal, com quatro propulsores, os propulsores dianteiros podem ser desligados/desconectados, sendo que os traseiros, colocados de forma que tomem ar da parte de cima do veículo (por estar mais longe do solo), podem ser utilizados quando o deslocamento em solo (táxi) ocorrer em ruas ou estradas. Neste caso, geram tração e auxiliam os freios;
  13. Pode ser instalado em solo um sistema que gere um facho vertical, de laser ou ondas de rádio VOR, para descida vertical de precisão. Neste caso, o veículo pode descer em uma garagem em um dia de vento, sendo que o computador do veículo após ter se “encaixado” no facho controla a descida de precisão;
  14. O computador do veículo pode ter um mapa integrado da cidade, sendo que a navegação entre pontos não pode ser sobre os pontos de descida. Os pontos de descida podem ser “caixotes”, com limitação de altura, largura e comprimento. A navegação de precisão dentro de uma cidade seria então entre dois caixotes, entre um ponto X e um caixote, ou entre um caixote e um ponto Y.


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 Trata a seguinte invenção de um veículo multimodal, ar-terra, com capacidade de alçar vôo vertical a partir de espaços muito limitados, e uma vez em vôo e com velocidade suficiente, sustentar-se aerodinamicamente.

Módulos básicos do veículo:

  1. Cabine de passageiros. Internamente, dotada de sistema de pressurização, e externamente carenada em formato aerodinâmico, em perfil NACA ou equivalente, com a finalidade de sustentação em vôo com deslocamento frontal. Complementado com equipamentos de controle, tais como ailerons, lemes, etc.
  2. Podem existir diversas variações de grupo moto-propusor.
    1. Em qualquer posição do veículo, um conjunto moto-gerador. O motor pode ser aeronáutico a gasolina, querozene ou diesel, uma turbina, ou qualquer outro meio de gerar energia mecânica. Acoplado, um gerador elétrico, que por sua vez alimenta quatro motores elétricos dispostos nas extremidades dianteira esquerda, dianteira direita, traseira esquerda, e traseira direita. A função dos 4 motores é acionar hélices de passo variável.
    2. Em qualquer posição do veículo, um conjunto moto-hidráulico. O motor também pode ser de livre opção, mas desta vez aciona uma bomba hidráulica. Quatro conversores acionam as hélices dispostas como no item ‘a’.
    3. Em qualquer posição do veículo, um motor, de livre opção, aciona as hélices externas por cardã.
    4. Uma turbina em cada extremidade do veículo;
    5. Uma turbina em qualquer parte do veículo, com dutos conduzindo o fluxo de jato para direcionadores nas extremidades.
  3. Conjunto de computadores internos. Conjunto responsável pela navegação, equilibrio estático e dinâmico do veículo, permitindo que as manobras de pilotagem nas quatro situações básicas que são:
    1. Ascensão e descida;
    2. Vôo aerodinamicamente sustentado;
    3. ‘Hover’ em vôo;
    4. ‘Hover’ no solo.
Este conjunto se comunica via satélite com o próximo conjunto descrito.
  1. Conjunto de computadores de base. Responsáveis pela ‘autorização’ de vôo, controlam a relação do tráfego do veículo com outros similares, a fim de permitir uma maior saturação de tráfego sem risco.
  2. Conjunto de sinalizador de pouso vertical. Pode ser um par rádio-rádio, ou transmissor-leitor a laser, sempre com o objetivo de criar um sinal vertical omnidirecional, que corretamente compreendido pelo computador de bordo, guiará o veículo em um pouso vertical preciso. No caso, o veículo poderá pousar automáticamente nos locais com conjuntos sinalizadores, e na ausência destes, prevalecerá o pouso manual.

Detalhamento do sistema propulsor externo

Controlado diretamente pelo computador de pilotagem, cada propulsor tem as seguintes características:

  1. Dotado de um sistema que gere fluxo de ar em quantidade e velocidade suficientes para gerar propulsão;
  2. Articulado axialmente, permite direcionar o fluxo numa variação de 180o, desde para frente, para baixo ou para trás do veículo;
  3. A potência tem que poder ser dosada individualmente, bem como no caso de se utilizar hélices, estas tem que ter seu passo controlado individualmente;
  4. Na extremidade do bocal de saída do fluxo de ar deve existir uma saia de borracha ou material sintético, circulando uniformemente a extremidade, com duas funções: Criar um colchão de ar para separa o veículo do solo no ‘hover’ sobre superfícies sólidas ou líquidas, e apoiar o veículo quando este estiver parado e desligado;
  5. Um bocal direcionador de fluxo alternado, que se abre num ângulo de 90o ao eixo axial do fluxo principal. Este, por sua vez, pode ser direcionado num ângulo de 360o, rotacionando em torno do eixo do fluxo de ar através de um servo motor. A função deste bocal direcionador é gerar propulsão e direção quando os propulsores estiverem direcionados diretamente para o solo, no momento do ‘hover’ de solo e água.

A operação básica deste veículo ocorrerá da seguinte maneira:

  1. O acionamento do motor ocorre de maneira independente dos propulsores;
  2. Acionado o motor, são ligados os computadores. Estes por sua vez assumem o controle da pilotagem, inclusive o acionamento dos propulsores;
  3. O sistema é por default acionado em modo de Hover terrestre. Quando o acionamento for completado com sucesso, o computador permitirá que se faça a subida automática, ou se assuma a pilotagem manual. Manual neste caso significa que o piloto irá pilotar ‘by wire’, informando através dos pedais e joysticks suas intenções ao computador de pilotagem.
  4. Na pilotagem automática, o sistema vai detectar se existem conjuntos de sinalizador de pouso vertical no local de partida e de chegada; em seguida, irá determinar os horários, níveis de vôo de velocidades em comunicação direta via satélite com o computador de base, e iniciará o vôo. Durante a navegação, o computador de navegação de bordo continua informando as informação GPS para o computador de base tem total controle do computador de pilotagem.
  5. Na pilotagem ‘manual’, o piloto inicia taxiando, como hovercraft, até o local de decolagem. A decolagem deve ser SEMPRE vertical, mesmo que isto signifique uns poucos metros de elevação do terreno, e em seguida, por inclinação da carenagem com leve declínio do nariz, inicia-se o vôo horizontal. A partir do momento em que o deslocamento começa a criar sustentação, os propulsores começam a ser direcionados para a traseira do veículo, aumentando ainda mais sua velocidade horizontal. Na condição de vôo reto horizontal, os propulsores estão paralelos com a linha do horizonte.
  6. A partir deste momento os propulsores são travados nesta última posição, e todo controle passa a ser efetuado pelas superfícies de controle aerodinâmico.

Possibilidade de pouso planado – Pane do motor.

Pode ser adicionado na parte inferior do veículo um conjunto de skys, com o objetivo de permitir deslizamento em condição de emergência. Neste caso, o vôo planado e sustentado aerodinamicamente é mantido até o momento do stol, com a menor velocidade possível, e com os skys extendidos e próximos do solo.


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Iter Criminis do Porte Ilegal de Arma de Fogo


No Brasil temos dois crimes de Porte Ilegal de Armas de Fogo, a saber, os contidos nos artigos 14 e 16 da Lei 10.826/2003.

Sem nos ater aos núcleos do tipo, que variam pouco entre os dois artigos, vale ressaltar que o art. 14 trata basicamente de armas “de calibres permitidos”, enquanto o art. 16 trata de armas “de calibres restritos”.

Então, a primeira coisa é saber diferenciar o que são calibres restritos, e o que são calibres permitidos.

Até o advento da Lei 10.826/2003, esta classificação estava contida no Dec. 3.665, de 20 de Novembro de 2000, conhecido como “R-105”, previsto no Decreto n. 24.602, de 6 de julho de 1934. O próprio caput do “R-105” menciona que o mesmo foi recepcionado pela Constituição Federal de 1934.

Acontece que o art. 23 da Lei 10.826/2003 NÃO RECEPCIONOU o Dec. 3.665, de 20 de Novembro de 2000, mas o revogou e jogou a “classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico” para evento futuro, ainda não realizado. Sim, o texto do art. 23 diz explicitamente que tais classificações “serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exército”.

O fato de a lei determinar que as referidas classificações SERÃO disciplinadas, afasta inequivocamente a aplicação do Dec. 3.665/2000, e, até o momento, não existe a nova classificação. O que há, no momento em que redijo o presente artigo, é uma MINUTA do Comando Logístico do Exército Brasileiro, que, se aprovada pelo Ministério da Defesa, irá para as mãos da Presidência da República, onde nascerá novo decreto. Segundo o site da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, o novo R-105 ainda se encontra na fase de debates http://www.dfpc.eb.mil.br/index.php/ultimas-noticias/274-exercito-realiza-debate-sobre-o-novo-regulamento-de-fiscalizacao-de-produtos-controlados.

Então, em tudo o que o tipo penal diga respeito a DEFINIÇÃO de produtos controlados, neste momento não existe esta definição, e não é possível falar em crime envolvendo tais produtos – o que inclui armas de fogo e suas munições.

A lei estabelece condições para que o tipo penal se aperfeiçoe: o agente deve estar SEM AUTORIZAÇÃO, e, cumuladamente, violando LEI FEDERAL ou o REGULAMENTO DA LEI (Dec. 5.123/04).

SEM AUTORIZAÇÃO + (violando Lei ou o regulamento da lei)

Se a pessoa está sem autorização, mas não está descumprindo lei federal ou regulamento, não está cometendo crime – exemplo, Juiz de Direito, ou Oficial das Forças Armadas, cujo porte de armas é previsto em Lei Especial, e dispensa autorização.

Se a pessoa está com autorização, mas está descumprindo lei federal ou regulamento, não está cometendo crime – exemplo, Caçador ou Colecionador portando sua arma municiada e para pronto uso, mas com Guia de Tráfego (chamado, na lei e no regulamento, de Porte de Trânsito). O caçador ou colecionador, neste caso está com a autorização (Porte de Trânsito), mas está violando o art. 32 do Decreto 5.123/04, que determina que ele não pode estar com a arma municiada. É lógico que decreto não pode criar obrigação de fazer ou não fazer, e neste ponto a Presidência da República deu uma “canetada”, que até agora colou, especialmente para quem não se deteve em um estudo sistemático da Legislação Brasileira de Armas de Fogo.

Outro exemplo seria o caso de um cidadão que obteve uma Guia de Trânsito para conduzir sua arma de determinado local para outro, na guia está especificado que a arma deve ser conduzida desmuniciada e separada da munição, mas o agente conduz esta arma municiada. Ele tem a autorização, mas está violando o caput do art. 6o, pois se trata de pessoa a quem o porte de armas é proibido, no geral. Mas como não está simultaneamente sem autorização e violando a lei, não se completa o tipo, então não há crime.

Em tais casos, onde o tipo penal não se configura, no máximo o que pode ser analisado é se houve violação de algo que implique punição administrativa, e se autoridade policial tem competência para lidar com os fatos pertinentes àquela esfera administrativa.



domingo, 16 de outubro de 2016

O desarmamento e Darwin

Esta imagem me chocou, pela realidade explícita e desnuda.
Os brasileiros que aceitaram servir a pátria, movidos pela honra, e que em cumprimento de ordens vão a combater uma luta que não é sua, contra os crimes de rua, versus os "brasileiros" que nasceram acreditando no poder dos traficantes e dos vagabundos com armas, que não nos reconhecem como co-cidadãos, que nos olham como trouxas com a obrigação de lhes entregar o fruto de nosso trabalho, a fim de sustentar suas vidas miseráveis e fétidas.
A primeira verdade contida nesta foto, é que os bostas não se importam com o Brasil, com nossas leis, com nossas instituições. Por este motivo é que o alimento que lhes sustentam vem dos crimes cometidos contra nós, contra nossas famílias e amigos. Me critiquem à vontade, não busco nenhum tipo de unanimidade. Mas a minha verdade é que se um destes dependesse de um único copo de água para sobreviver, e me coubesse dar este copo de água, eu sentaria ao seu lado e observaria seu óbito.
Olho isso, e me orgulho de ter fundado uma das primeiras organizações de proteção dos direitos humanos do Brasil. Sim, a ABATE veio para proteger os direitos destes militares fardados, que são processados criminalmente caso aquele bostinha do fundo seja atingido por um disparo - ainda que esteja armado com um fuzil, e disparando contra o militar, um policial, ou quem quer que seja.
A ABATE protege o cidadão, o policial, o mitiliar, o Juiz de Direito, o membro do MP, o atirador desportivo... justamente contra o ativismo incessante e sobejamente financiado feito pelas ONGs de defesa dos direitos dusmanus. Aliás, que eu me lembre, eu fui um dos primeiros a utilizar esta expressão, "direitos dus manus", há muitos anos. Fiquei surpreso quando vi um professor de Direito Penal utilizando a mesma expressão em sala de aula, em 2004.
Se vocês tem um respeito muito grande pelos direitos dos bandidos, peguem este colosso em enfiem nos próprios ***
Isso mesmo. Eu não sou "politicamente correto". Aliás, eu quero que os politicamente corretos se FOD***. Entre eles, é lógico.
O olhar deste militar atravessou meu peito, rasgando. Não aceito isso. Mas admiro a força que ele teve para, nesta situação, cumprir suas ordens, resoluto.
Esse carinhas do fundo da foto, tem da minha parte exatamente o mesmo respeito que eles demonstram pela farda dos militares. Nada a mais do que isso.
Que me digam que eu tenho a obrigação de dar parte do fruto do meu trabalho para o sustento destes merdas. Eu digo que, neste ponto, sou 100% Darwin: a sobrevivência cabe aos mais aptos.
Eu sei que é exatamente buscando esta aptidão pela sobrevivência que os malas, sabendo que nunca terão nenhuma outra habilidade, buscam nas armas e no dinheiro fácil do crime o seu lugar no mundo. Olhem para a expressão deles. Eles não vão esperar a autorização de um delegado da Polícia Federal, para após os 25 anos de idade, comprar seu primeiro .38 . Eles estão cagando e andando para nós, e muito mais para as leis.
Este é o motivo fundamental pelo qual o desarmamento da população civil é uma mentira insustentável - se você retirar o poder das vítimas, estará apenas preservando a inútil sobrevivência destes bostas, em detrimento de quem trabalha para o crescimento da nação.
Retire das vítimas o direito de defesa, e estes merdas um dia estarão estuprando sua filha, sua esposa, sua irmã. E dando risadas disto.

domingo, 21 de agosto de 2016

Seja você mesmo - mas antes, descubra QUEM VOCÊ É.


Deixe a música rodando, enquanto você lê este post. 

Nós somos conduzidos como gado, continuamente, por quem consegue pensar "out of the box". Por quem consegue ESTABELECER ALGO NOVO.
O povo, a massa, depende apenas de sorte para que seus líderes sejam dignos, honrados, honestos e firmemente determiinados ao bem geral da nação - porque a aceitação dos pensamentos prontos é confortável, dá a sensação da mais completa segurança.
Mas os líderes com qualidades excepcionais são mal vistos por vagabundos, ou pior, por vagabundos sedentos de poder, porque um único homem de bem tem o potencial de destruir as más intenções de grupos inteiros de fascínoras.
Mas alguns poucos vagabundos tem acesso a esta fórmula mágica, a receita de se dominar o pensamento de massa. Que é simples, mas requer método e persistência. Goebels foi um dos maiores manipuladores de massas do Sec. XX, talvez o maior de nossa história conhecida. E Hitler seguia suas receitas à risca, motivo pelo qual se tornou um grande líder com controle quase absoluto sob as mentes da população de seu país.
A implantação de ideias é algo simples, que requer poucos métodos além da firme insistência. Qualquer ideia pode ser profundamente implantada em uma sociedade. Qualquer ideia.
Eu acho que se eu tivesse que fazer um resumo de minha vida em poucas linhas, a minha principal luta tem sido, sempre, lutar contra o pensamento maliciosamente implantado na massa.
A primeira coisa que eu fiz, foi tentar arrancar de dentro dos meus ossos todo o lixo a que somos condicionados de forma contínua e permanente. Faço isso todos os dias, e sempre há algo mais a ser arrancado.
Com o tempo começamos a enxergar as coisas como realmente o são. Vemos que as histórias que nos são contadas, tem sempre o objetivo de nos direcionar. Sim, somos direcionados, como gado. Sempre.
Uma pessoa dirige milhões. Milhões são dirigidos, felizes. Milhões de pessoas sem capacidade de pensar, milhões de pessoas totalmente dependentes das explicações prontas que lhe são dadas - e que aceitam estas explicações como dogmas, passando a viver sob os valores que lhe foram passados por aqueles que, desta forma, determinam o que é a nossa sociedade.
Para saber mais, leiam: 'Fernão Capelo Gaivota', de Richard Bach; 'Admirável Mundo Novo' e 'A situação humana', de Aldous Huxley; e é claro, 1984, de George Orwell.


Você ficará admirado quando descobrir quem é o Big Brother, e mais ainda quando souber que os obsevados não são uma dúzia de playboys em uma mansão, mas sim EU e VOCÊ. Com o nosso consentimento.

Acabou a música? Espero que você pense em tudo isso. 
Para completar, assista esta ceaa do filme "O substituto". 


Levei 52 anos para conseguir chegar a uma percepção a respeito do que nos é empurrado como sendo "a verdade". Hoje sei que em quase a totalidade das vezes, o que nos é empurrado é a VONTADE de quem nos está manipulando. E isso fica impresso em nossas vidas, levando milhões e milhões de pessoas a agir desta ou daquela maneira. Num dia eugenia é ciência, noutro é crime. Em ambos os contextos, se tratam de verdades absolutas e contra as quais não há argumento possível. 

Eu ainda sou manipulado todos os dias. Você também é. Não postei isto aqui buscando te dar uma solução, meu único objetivo foi te mostrar que o problema existe, é real, e faz parte de nossas vidas, é assim que a coisa funciona. 

Da próxima vez em que você for dar uma opinião sobre algo, pare e pense um pouco. Veja de quem é o pensamento que você está defendendo. Em quase 100% das vezes, se você for a fundo, irá descobrir que o pensamento que você está defendendo, não é seu. Mas de alguém que o convenceu a pensar assim. 



sábado, 30 de julho de 2016

O mesmo sol

Alguém hoje viu o sol nascendo sobre as nuvens, alguém ao seu lado estava dormindo, ou com medo de voar.

O sol não sabe de si mesmo. E nós achamos que somos aquele que vemos no espelho.

Alguém nasceu, alguém morreu.

O sol está sobre o belo jardim. O sol está sobre a casa abandonada.

Hoje é o dia mais feliz de uma vida. Hoje é o dia da tragédia que destruiu todos os sonhos.

O sol está aquecendo o atleta. O sol está incomodando o preguiçoso.

Não existe distância – eu sou, eu estou.

O sol não sabe de nós. Debaixo da nuvem tempestuosa, parece que o sol não existe.

Alguém se apaixonou. Alguém só consegue enxergar a morte dentro de si.

O sol roda ao nosso redor. Nós rodamos ao redor do sol.

A certeza do sábio vem da observação. Mas o que ele viu ontem é diferente do que ele vê hoje.

O sol não se incomoda conosco nem com o que pensamos a seu respeito.


E hoje é apenas mais um dia.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Socialismo como oposto à riqueza

Eu fico muito triste ao ver que muitas pessoas que, a princípio, foram tolamente iludidas com as supostas vantagens de se ter uma analfabeto como presidente da república, como se o fato dele ter origem pobre fosse uma virtude, e que hoje ainda defendem a quadrilha que tomou o país de assalto, como se estivesse defendendo o time de futebol preferido. Não foi pouca coisa o que fizeram, transformando o país que já foi a QUINTA ECONOMIA MUNDIAL, em um paiseco em frangalhos. 


Reconheço que pessoas doutrinadas nas teorias do socialismo, especialmente aquelas que tiveram seus cérebros formatados em cursos superiores (via de regra, na área de humanas), acreditam do fundo do coração que riqueza se divide. Acreditam que tirando dos ricos, alguma coisa melhorará para quem é pobre. Mas como eu disse, isso é apenas formatação mental, o socialismo nunca se sustentou economicamente - quando você tira algo de alguém que é rico, e você pode até tirar TUDO, ele sairá de onde está, e logo estará rico novamente - porque riqueza é algo que se CRIA, e só quem sabe criar riquezas é rico.


Riqueza não é algo que se divide. Vejam a história de herdeiros de grandes fortunas – não conheço um registro sequer de UM que tenha, de sua parcela, criado algo que sequer se assemelhasse ao monte mor.


A pobreza, por sua vez, é inerente a uma forma de SER. Dê um prêmio de mega sena para um pobre, e ele será um pobre TEMPORARIAMENTE com dinheiro. Porque o pobre acha que ser rico é ter dinheiro - quando na verdade, o dinheiro é mera consequência.


Dinheiro é uma ferramenta, assim como um martelo ou uma arma de fogo. Se você sabe utilizar uma ferramenta, você constrói coisas com ela, mas se você não sabe, o mero fato de tê-las em suas mãos pode representar perigo para si e para outrem.


Ayn Rand, em "A Revolta de Atlas", coloca isso de forma didática - se você retira dos ricos os meios deles produzirem riqueza, eles apenas e tão somente saem e vão para outros países, onde a produção de riquezas é estimulada. E sem os ricos, os pobres não tem nada - porque os pobres não sabem produzir nada, não sabem CRIAR nada - os pobres apenas e tão somente fazem aquilo para o que são contratados, mas não tem INICIATIVA CRIATIVA.


Se Lula fosse algo mais do que um bosta, ele não teria enriquecido roubando o dinheiro da pátria, mas teria enriquecido ANTES, produzindo algo.


Um pobre sente inveja de um rico com sua Mercedes Benz zero quilometro – mas se o rico não tivesse comprado o carro, este dinheiro estaria parado na cadeia especulativa, sem nada produzir. Se ele comprou o carro, gerou empregos e pagou impostos.


Mas de onde vem a inveja do pobre, ao observar a Mercedes Benz? Basicamente, vem da ciência de sua impossibilidade absoluta de ter não o carro – que pode ser comprado com dinheiro – mas AQUELE MODO DE VIDA. Este é o motivo pelo qual o pobre, mesmo tendo dinheiro, continuará sendo pobre. Ao ter contato com dinheiro, ele irá gastá-lo para criar um simulacro de riqueza – irá se cercar de bens suntuosos.


Na década de 80 eu conheci um senhor português, dono de uma loja de carros importados na Rua Cerro Corá, em São Paulo. Ele chegou no Brasil em estado da mais absoluta pobreza, começou a trabalhar com a força de seus próprios braços, logo adquiriu um cavalo, uma carroça, e trabalhava todos os dias, de sol a sol junto com o seu animal. Me lembro de uma coisa que me marcou em sua narrativa – ele tinha muita vontade de tomar um refrigerante, mas se negava a fazer isso, porque sabia que precisaria de CADA CENTAVO para conseguir construir a sua vida. Ele tinha consciência de que o dinheiro, fruto do seu trabalho, era uma FERRAMENTA – assim como a sua carroça. Um pobre jamais compreenderia tudo o que está embutido nesta lição, ou, pelo contrário, consideraria absurdo este nível de privação pessoal.


Um pobre entra no seu emprego, e fica pensando na “mais valia”, nos seus direitos trabalhistas, fica calculando o tempo para suas férias. O pobre trabalha, recebe seu dinheiro, e compra as coisas que necessita, muitas vezes pagando juros sem nem perceber que está dispendendo HORAS DE TRABALHO para remunerar o dinheiro utilizado para ter acesso a um bem que, se fosse adquirido através de planejamento e poupança, teria saído muito mais barato. Mas o pobre não consegue enxergar isso – ele só faz a conta do seu salário, e se a prestação do carnê se encaixa em seu orçamento. O pobre trabalha e paga pelo conforto pessoal dentro dos limites de seu orçamento – e quando erra no cálculo, se endivida, ficando em situação de grave privação (diferente daquela privação voluntária do meu amigo português).


O seu modo de vida é tão trancado, que ele enxerga a riqueza como uma impossibilidade para quem “trabalha honestamente”.


O pobre associa “riqueza” ao fato de usufruir de bens e alguns serviços. Por exemplo, se um pobre consegue através de um crédito facilitado viajar e passar alguns dias em um resort, ele se sente rico. Ele não consegue compreender que ele está dispendendo quantias incompatíveis com seu padrão de vida, e que o fato de pagar isto em 60 pagamentos apenas está forçando seu orçamento para baixo, nos próximos 5 anos.


Aí está a gigantesca mentira vastamente disseminada, segundo a qual os comunistas elevaram o padrão de vida dos pobres. Não elevaram nem um único milímetro – apenas deram crédito fácil. Este crédito fácil tem dois resultados possíveis – ou não será pago, ou esmagará o orçamento do pobre.


O rico pode – e deve – gastar o seu dinheiro. Mas o faz sempre de forma a não diminuir o seu modo de vida. Quando um rico separa uma quantia para adquirir uma aeronave de alguns milhões de dólares, o faz sabendo que a aeronave irá depreciar, gerar despesas, e tem consciência de que este dinheiro assim empenhado estará diminuindo o seu capital de giro. Então, a aquisição de uma aeronave, para o rico, leva em conta o quanto de benefício lhe será proporcionado, e se vale a pena pagar por isso.


Quando Ayrton Senna adquiriu um jato particular, isto estava totalmente de acordo com os seus ganhos e a sua rotina de trabalho. Ele não GASTOU este dinheiro, apenas investiu em sua própria carreira. O pobre não vê isso, só enxerga que ele era rico e por isso passeava de jatinho particular – o pobre gostaria de ter o jatinho, mas não enxergaria todo o contexto onde o jatinho é uma ferramenta de trabalho.


Comunistas também gostam de jatinhos particulares. Eduardo Campos faleceu em um, novinho. Interessante é comparar esta realidade com o Manifesto do PSB, seu partido - eles pregam o fim da “exploração do homem pelo homem”, pregam o fim da propriedade privada, do ensino privado, pregam que todos os meios de produção devem pertencer exclusivamente ao Estado, pregam que o Estado deve ser o único importador/exportador, etc.


O Estado deve ser o único empregador. Mas o GESTOR da coisa pública, como fica? Ele, que prega o fim da propriedade privada (riqueza), vive na opulência, viaja de jatinho particular novo, mora em mansões suntuosas, tem todos os benefícios da riqueza. Em outras palavras, o que todos os regimes socialistas fazem, na prática, é exterminar a riqueza particular, e dá-la para os gatos gordos do ParTido. Os pobres, ah, os pobres. Estes sempre ficam muito mais pobres, porque quando deixam de existir as pessoas que CRIAM RIQUEZAS, e em seu lugar sobem analfabetos que gerenciam as contas públicas como macacos gerindo um estoque de bananas, em determinado momento faltará até os insumos básicos. Falta até comida.


Um ladrão é um ladrão, e nada mais do que isso. Robin Hood era um bosta de um ladrão. Sem capacidade de fazer algo por si mesmo, roubava e distribuía aos pobres algo que não lhe pertencia. Se um governo rouba de alguns para distribuir para outros – e pouco importa se o faz na forma de leis; quando um governo incentiva a não geração de riquezas, estimulando uma situação onde um número cada vez maior de cidadãos abandona as atividades produtivas para simplesmente passar a viver de bolsas esmola; quanto um governo sobretaxa as atividades produtivas a tal ponto de inviabilizar a atividade econômica; quando um governo estabelece como “culpados” pela crise justamente aqueles que CRIAM AS RIQUEZAS da nação... Bom, ao se chegar neste ponto, há um colapso econômico.


O colapso ocorre justamente pelo fato de que aqueles que sabem produzir riquezas, podem fazê-lo em qualquer lugar do mundo. Se aqui a atividade econômica é punida por um governo formado por pessoas que desconhecem a forma de se produzir riquezas (e que tem ódio natural contra aqueles que sabem produzir), as pessoas (e empresa, e grupos empresariais inteiros) simplesmente ASSUMEM o prejuízo local, encerram suas atividades, e continuam trabalhando onde os governos PREZAM a atividade econômica.


Nasci e cresci no Brasil. Vivi e trabalhei sob inflação de mais de 70% ao mês, e SEMPRE ouvi falar em crise. Mas olhava ao redor, e tinha consciência de que estava em um país com amplas oportunidades, inclusive com mais facilidades do que na maioria dos países do mundo. Para pessoas que só sabem ser empregadas, é lógico que países com salários melhores sempre foram interessantes. Mas para quem sabe criar, o Brasil sempre foi fantástico. Até o poder chegar nas mãos dos merdas que, por serem analfabetos e detestarem trabalho (mas se denominam “trabalhistas”), a nossa nação foi destruída.


Você não verá nenhuma notícia em jornal, televisão ou mesmo na internet dizendo isso, mas a REALIDADE é que a economia do Brasil está mais arrasada do que a de países destruídos por guerras. Deixo aqui este registro, que poderá ser lido daqui muitos anos.


Cada maldito defensor do socialismo é PESSOALMENTE CULPADO por tudo o que está acontecendo aqui, agora.


Trabalharei para que algum dia estes sejam responsabilizados. Que se torne CRIME pregar ou defender publicamente socialistas de qualquer matiz. Quando este dia chegar, teremos possibilidade reconstruir a nação.



P.S.: Leia meu artigo O que é a Riqueza.

sexta-feira, 25 de março de 2016

A maior mentira a respeito do "Estatuto do Desarmamento".



A Lei 10.826/03, apelidada de "Estatuto do Desarmamento", só mereceria este nome caso o artigo 35 fosse aprovado em referendo popular, o que não aconteceu. Da forma como está, a lei é até bastante razoável, merecendo sim ser reformada em alguns pontos que ficaram incompatíveis com a nova realidade. O problema na verdade não está na lei, mas em todo o conjunto de MITOS E MENTIRAS que se criaram ao seu redor.

Às vezes é incrivelmente difícil explicar as coisas mais simples. Mas vamos tentar.

Pois bem. O Estatuto do Desarmamento foi projetado para existir nos termos do Art. 35, ou seja, no contexto em que o comércio de armas e munições fosse proibido no Brasil.

Fomos às urnas, e derrubamos esta proibição, a primeira grande derrota dos comunistas bolivarianos no Brasil. Como o comércio de armas e munições no Brasil NÃO É PROIBIDO, então, de acordo com as regras de Direito Administrativo, a aquisição destes itens não depende de AUTORIZAÇÃO da Polícia Federal, mas sim de LICENÇA.

Qualquer aluno de 1o ano do Curso de Direito sabe disso. Quem não souber, veja em "Direito em Quadrinhos"

Qual é o maior DRAMA do Estatuto do Desarmamento? Você não poder COMPRAR e PORTAR sua arma de fogo, certo? Errado. A grande MERDA no estatuto do desarmamento, é o MITO ao seu redor. Muito pior do que qualquer letra que esteja escrita nele. Não existe UMA VÍRGULA em todo o estatuto do desarmamento que dê autoridade para um Delegado de Polícia Federal denegar uma aquisição, sob a alegação de que "não se comprovou efetiva necessidade". Como presidente da ABATE, até hoje eu derrubei TODOS OS DESPACHOS expedidos neste sentido.

E a questão do porte de armas, você vai ouvir dizer que desde a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento, ninguém mais tem "Porte de Armas". Esta é uma verdade relativa.

Você já ouviu falar em PORTE DE TRÂNSITO? Preste atenção neste documento:


Olhe a referência legal: O decreto mencionado, é o R-105 de 1965, e através dele os delegados das Polícias Civis nos davam "Porte de Arma", que, técnicamente, eram "Portes de Trânsito" devido à forma constante no Decreto. E no R-105 atual, como ficou isso? Exatamente igual, Porte de Trânsito, artigo 34.

Fernando Henrique Cardoso, o primeiro socialista a assumir o poder depois do governo militar, instituiu um valor simplesmente RIDÍCULO para o porte de armas, que atualizado para a data de hoje (Março de 2016), daria quase R$ 3 mil reais. Pouco depois, na canetada, tentou proibir a fabricação e o comércio de armas e munições, o que foi derrubado pelo STF da época.

Aí veio o "Estatuto do Desarmamento", e adivinhem: Criou um porte de armas excepcional ALÉM do Porte de Trânsito.

Senhores e senhoras, parece que pausa uma maldição sobre quem ousa dizer isso, mas o Porte de Trânsito, que existia DESDE 1965, continuou existindo, apenas foi reservado para uma categoria específica de civis. A novidade na Lei 10.826/03, foi que na PRIMEIRA PARTE do art. 6o, proibiu-se o porte de arma "para todos", onde no art. 10 foi dado o "Porte de Armas" excepcional, na forma de autorização (se você não viu, volte e entenda o que significa AUTORIZAÇÃO em Direito Administrativo).

Nós, os civis brasileiros, fomos então divididos em duas categorias, em relação ao porte de armas:

1 - "Todos", proibidos pela primeira parte do caput do art. 6o do Estatuto do Desarmamento, e com porte de armas definido no art. 10, (regulamentado pelos arts. 22 e seguintes do Dec. 5.123/04);

2- CACs (Colecionadores, atiradores e caçadores registrados no Exército Brasileiro), com Porte de Trânsito permitido no art. 6o, Inc. IX, Art 8o, Art. 9o e 24 do Estatuto do Desarmamento (regulamentado pelo art. 30 do Dec. 5.123/04).

Para que todos compreendam a diferença dos dois tipos de porte de armas para civis:

  • "Porte de arma" = autorização = art. 10o, só é deferido em caráter discricionário para quem o porte é proibido;
  • "Porte de trânsito" = licença = art. 24, só é deferido em caráter vinculado para quem esteja registrado no Exército Brasileiro como CAC.
O Exército Brasileiro inteiro TREME quando se menciona tudo o que está dito acima. Dizem que militares não tem medo de nada? Pois eu já vi, MAIS DE UMA VEZ, oficiais fardados dizendo que não pode se contar para o público que os CACs tem direito a porte de armas, senão todos os civis que não conseguem ter porte pela Polícia Federal irão CORRER para o EB, e tirar CR. E eu sempre respondo: se é um direito, então que TODOS tenham CR. Todo cidadão brasileiro tem direito a ter CR, desde que cumpra as exigências OBJETIVAS, que são, basicamente, estar cadastrado em uma entidade de tiro, estar capacitado para o uso de armas, ter passado por teste psicotécnico apropriado.

Uma vez com o CR em mãos, o cidadão deverá obrigatoriamente participar de NO MÍNIMO duas atividades de tiro oficiais em seu clube, federação ou confederação a cada 3 meses, sob pena de perder o CR e ter que vender suas armas para outros CACs.

CACs podem adquirir armas e munições, inclusive de calibre restrito, obedecidas as regras da Portaria 51 do COLOG.

IMPORTANTE: Qualquer um pode ter seu CR, mas menores de idade devem apresentar alvará judicial autorizando. Menores de 25 anos de idade devem atirar com armas do seu clube ou de outro atirador que conduza a arma e munições até o local apropriado COM GUIA DE TRÂNSITO. A aquisição de armas só é admitida para menores de 25 anos exclusivamente para policiais e alguns outros. 

Como fazer o seu CR:

1 - Cadastre-se na ABATE, em www.abate.org.br , menu "Associados", "Cadastro";
2 - Monte o processo de acordo com o padrão de sua região militar (de preferência, utilize os serviços de um despachante de armas.
3 - Participe das atividades de tiro da ABATE, inclusive da nossa nova modalidade desportiva, o Tiro Tático Desportivo.

A ABATE dá assessoria em todo o processo.



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O Ser e o Estar

Muita gente já ouviu a frase de Shakespeare, “Ser ou não ser”. Na verdade, trata-se de uma tradução muito pobre, de vez que o escritor disse, em sua língua, “To be or not to be” - o que é muito mais abrangente, podendo ser interpretado até mesmo de forma ambígua.

Na língua inglesa não se lê esta frase com a precisão imposta e forçada na tradução tradicional, que poderia se referir a “estar ou não estar”, só para se mencionar um exemplo. Sim, a precisão da língua portuguesa tira um pouco da magia e do mistério da famosa frase.

Mas é muito interessante se analisar a diferença do ser e do estar. Eu vejo com frequência pessoas atribuindo-se qualidades permanentes, dizendo “sou palmeirense”, “sou corinthiano”, e os exemplos tendem ao infinito.

O conceito de SER é bem mais profundo do que torcer para um time de futebol, uma escola de samba, ou ter determinada preferência – até certo ponto, onde suas decisões passam a efetivamente moldar o seu SER.

Por exemplo, uma criança que pega o brinquedo atraente de outra, e toma como seu, o faz como pura reação imediata ao seu desejo, sem o peso da moral e da ética. Isso não afetou o seu ser. Uma vez que a mesma criança venha a compreender que alguém levantou de madrugada, trabalhou para pagar aquela coisa, e ainda assim toma aquela coisa menosprezando o prejuízo que está gerando a outrem, neste ponto já ocorreu uma inversão – nasceu um ladrão. Todas as teorias socialistas nascem desta pequena, porém grave distorção da realidade.

Nunca dizemos “fulano está ladrão” - afirmamos que ele É ladrão. É algo que se incorporou ao seu SER.

Até mesmo as questões profissionais são relativas – há diferença muito grande entre se dizer que alguém está advogando, e que ele é advogado. Estar advogando pode ser uma condição profissional temporária, ou uma condição ilegítima. Ser advogado, por outro lado, pode significar que a pessoa é regularmente inscrito na ordem dos advogados, mas, complementarmente, pode significar que exerce a advocacia como sua profissão. E esta é a uma situação tão comum, que ao se perguntar com o que alguém trabalha, podemos até perguntar fulano é o quê? - advogado. Atribuímos a profissão como um elemento do ser.

Quando dizemos que alguém é filho da puta, na maioria das vezes trata-se apenas de um termo ofensivo, um xingamento. Por vezes se diz que fulano está sendo filho da puta, ou seja, está se comportando como alguém cujos atos detestamos.

Filho da puta é um termo bíblico, que chegou às nossas mãos traduzido por beatos. Veja em Isaías 57:3. Se você mencionar alguém naqueles termos, a pessoa nem saberá que está sendo xingado. O termo filho da puta pode também se referir ao 5o mandamento - “honra teu pai e tua mãe. Sim, o verdadeiro filho da puta age como se tivesse sido educado não no seio de uma família, mas sim pelos clientes de um prostíbulo. Conheço muitos filhos da puta que tem mães honestíssimas, mas que com seu agir desonram a sua mãe – o xingamento é mera consequência.

Mas que é que determina que determinada característica se incorpore ao nosso ser? Cada um de nós, individualmente, escolhe o que é. Está bem na raiz de nossas escolhas mais primárias determinar o que somos. Os nossos atos são apenas reflexos, exteriorizações daquilo que somos, do que escolhemos ser. Como se diz, um copo só transborda daquilo que está cheio.

Então, da próxima vez em que alguém o xingar de filho da puta (espero que isso não aconteça), ao invés de você ficar zangado com a pessoa, e acusá-la de estar ofendendo a sua mãe, faça o contrário: repense a sua vida, altere o seu ser, e desculpe-se com a sua mãe, porque VOCÊ a desonrou com os seus atos.

Se o 5o mandamento tivesse sido escrito por mim, o texto seria mais ou menos assim: “Não seja filho da puta, senão você irá perder os dentes da sua boca”.

Já que o assunto mudou de “ser” para “filho da puta”, pensei em algumas amizades.

Veja o caso do amigo filho da puta - esse na verdade não é nem nunca foi amigo – não saberia sê-lo. A amigo filho da puta é um tipo especial de inimigo, o pior de todos, aquele que se aproxima de ti exclusivamente para usufruir de vantagens, mas uma vez que não as consiga, se manifesta fortemente contra ti. Peço desculpas, não poderia chamar alguém assim de “amigo filho da puta”. Ele é apenas um filho da puta, nada além disso.

O verdadeiro amigo (desculpe novamente, não existe amigo falso, o nome disso é filho da puta) te ombreia e assume as suas brigas, MESMO AQUELAS EM QUE VOCÊ ESTIVER ERRADO. A seguir, ele vai te dar uma bronca desgraçada, te encher de porrada e mostrar que você estava errado. Mas só depois da encrenca resolvida. O amigo bate com você, e apanha com você.

Ninguém vai jamais conseguir falar mal de ti para um amigo – uma coisa praticamente em extinção chamada HONRA vai impedir o seu amigo de estar presente no mesmo lugar onde se está falando mal de ti. E se por decorrências físicas o seu amigo estiver presente onde você for ofendido, ele o defenderá – mesmo que ele ache que a ofensa tem fundamentos, situação em que discutirá o assunto em particular contigo.

O amigo é aquela pessoa que ficará ao seu lado, vai dar e tomar tiros, vai te proteger até com sua própria vida – e se algum dia descobrir que você é um filho da puta, simplesmente te esquecerá sem se arrepender de ter lhe dado amizade, porque ele foi sincero na amizade. O amigo VIVE a amizade, e se você não honrar esta amizade, o prejuízo é exclusivamente seu.

O tipo mais comum de filho da puta, é o frustrado. O bosta. O zé ninguém que já tentou fazer aquilo que você está fazendo, e fracassou reiteradas vezes – justamente por ser um filho da puta.

O frustrado irá perseguir sua vítima com força, vigor e determinação. Será um autêntico filho da puta durante cada milésimo de segundo, em cada célula do seu corpo, até o seu último fôlego. O frustrado é tão aparente quanto a quebra da Petrobrás, e sua principal característica é buscar, por todos os meios possíveis e imagináveis, praticar crimes contra a honra objetiva do seu alvo. Ele só alcança sucesso entre pessoas medíocres, sugestionáveis, que adoram e por isso aceitam ouvir fofocas – outro tipo especial de filho da puta.

Sim, o frustrado é incapaz de construir algo, já tem esta certeza, e agora se especializou em se utilizar de pessoas de mente fraca para disseminar mentiras e falácias a qualquer custo, com o objetivo de DESTRUIR algo semelhante ao que tinha vontade de construir, mas, por absoluta incompetência, sabe que jamais o fará.


Não seja um filho da puta. Força e honra.