sábado, 7 de novembro de 2015

Desinvestimentos

Praticamente todos os dias eu publico no meu perfil do Facebook uma nova notícia sobre desinvestimentos no Brasil.

Hoje não podia ser diferente - as indústrias continuarão contabilizando seus prejuízos, despedindo funcionários e vendendo suas plantas industriais com grandes prejuízos, para com isto evitar falência.

Hoje a notícia é a respeito da multinacional alemã MWM, que já havia desativado sua fábrica de caminhões, e agora, por ter perdido um contrato com a GM, está desativando o restante de suas atividades de fabricação de motores.

MWM fechando sua fábrica em Canoas


Esta notícia tem uma peculiaridade: um deputado do PSOL, afirmando que, como a empresa não faliu, deveria manter os empregos (apesar de não existir mais produção). Só comunista mesmo para achar que uma empresa é obrigada a manter empregados mesmo não tendo mais serviço.

Pedro Ruas, faça o seguinte: socialize o seu salário com estes trabalhadores. Ou você é comunista só com o dinheiro dos outros?

Sobre os sindicatos não fazerem nada: Fizeram. Leiam os registros históricos, vejam como o filho da puta do adáctilo quebrou o grande ABC na década de 70/80. Sim, estou falando daquele famoso sindicalista, cumpanhêro que, a soldo das fábricas que não conseguiam desovar seus carros caríssimos, promovia as greves uma após outra. Todos os pelegos ficaram fascinados com os direitos conseguidos na época, para logo após perderem os empregos, com todas as empresas fechando. Eu mesmo arrestei um monte de maquinários de uma empresa que me devia, mas foi muio difícil vender porque houve um desmonte geral de todas as metalúrgicas da região, de forma quase simultânea - numa época em que a industrialização no Brasil crescia.

Vou aproveitar e fazer algumas observações sobre democracia. A Democracia nasceu na Grécia, onde os pater familia eram os eleitores. Hoje, deturpou-se o conceito de democracia a ponto de até adolescentes e analfabetos votarem. Sim, em um país sem cultura (ou pior, onde abanar a bunda é chamado de cultura), a grande horda de acéfalos elege seus pares. Se apenas os presos pudessem votar, a disputa seria entre Fernandinho Beira Mar e o Marcola. Se só os internados em hospício pudessem votar, bom, acho que o PT seria eternizado no poder. Uma pichação remanesceu por muitos anos em um muro, na Avenida Mutinga, no bairro Pirituba, na cidade de São Paulo-SP. Dizia o seguinte: "Milhões de moscas não podem estar erradas: coma bosta".

E atualmente não se julga mais pessoas pelos seus atos, mas sim em razão de sua popularidade. Popularidade é poder. Este o motivo pelo qual hoje, Jair Bolsonaro, que não sabe disso, tem mais poder do que o Lula.

Mas vamos voltar aos desinvestimentos. Primeiro, é necessário se falar sobre planejamento.

Qualquer empresa, antes de assumir dívidas ou designar verbas para um projeto, faz um exaustivo estudo de viabilidade. Quanto maior a empresa, mais extenso este estudo. O prédio da IBM, na Rua Tutóia, está instalado em um terreno de terceiros, mediante um contrato de comodato de 100 anos. É o caso de planejamento mais longo que eu tenho notícia, mas não tenho dúvidas de que devem existir outros casos.

As multinacionais são ótimas em planejamento de longo prazo, e isto é necessário pois sem isto a empresa não teria previsão de continuidade, e os acionistas seriam apenas aventureiros. Aquelas ações encontradas na baú do vovô não valeriam nada, se não fosse o planejamento de longo prazo, mas, também, a política estratégica dinâmica. Vejam o caso da Honda em Itirapina: Estão terminando de construir uma fábrica, que se mostrava necessária pelas projeções de mercado, mas uma vez que detectaram que o mercado não terá demanda para sua produção, simplesmente deixaram a fábrica em stand by. Esta é uma forma sensata de desinvestimento. Não me surpreenderia se, em breve, alguma fábrica chinesa comprasse estas instalações por uma fração do seu preço.

Uma das coisas que é levada em consideração no planejamento em longo prazo, junto com a administração estratégica, é o ambiente político. Um governo liberal permite a expansão de negócios, enquanto um governo de esquerda tende a se apropriar dos bens de particulares, começando, via de regra, pelas indústrias. Aqui no Brasil é permitido que partidos comunistas participem de eleições, abertamente, sem escrúpulos. Assim, temos o PSB, que em seu Manifesto, Inc. VII, prega a socialização dos meios de produção. Isto significa a desapropriação das indústrias sem ressarcimento. Com a subida de Eduardo Campos e Marina Silva nas últimas eleições para presidente estivemos mais perto do que nunca de ter estes objetivos colocados em prática. Ah, tudo bem, eles dizem que não são comunistas. Até pouco tempo, poucos viados diziam que eram viados, mas transavam com outros homens mesmo assim. Só recentemente passaram a ter orgulho disso, pleiteando direitos divinatórios pelo fato de dar a bunda. Então o título de comunista, socialista, nazista, etc., é absolutamente irrelevante: o que importa, é a praxis.

Em 1990 foi fundado informalmente o Foro de São Paulo, composto pelo lixo sul americano. Sim, organizações radicais são formadas mas nunca formalizadas, o que não as impede de cumprir metas e objetivos, nem muito menos deixar de receber quantias vultuosas de dinheiro, como acontece no Brasil com o MST. O Foro de São Paulo foi fundado com o objetivo de, primeiramente, fazer com que todos os países da América Latina tivessem presidentes oriundos do Foro. O objetivo declarado é transformar toda a América Latina em um único bloco de repúblicas soviéticas, ou seja, derrubar todas as fronteiras e destruir o conceito de soberania nacional, colocando todo este imenso território sob o comando de um único governo central. Apesar de inicialmente ter ficado claro que este governo central ser Cuba, Lula acha que tem chances de ser o líder do soviete supremo, o que obviamente seria uma traição a Cuba, mas entre os comunistas a traição é absolutamente comum e cotidiana.

Com a ascensão ao poder dos presidentes colocados pelo Foro de São Paulo, iniciou-se um processo de destruição da economia local. Primeiramente o partido vencedor iniciou uma tomada gramsciana do poder.

No Brasil, iniciou-se com a exoneração de todos os cargos de confiança anteriores, substituídos por membros do PT. Na sequência, iniciou-se uma rodada gigantesca de suborno a parlamentares, abastecidos fartamente com dinheiro público. Dois desses esquemas vieram a tona, o mensalão e o petrolão. A nomeação de altos escalões do governo e empresas públicas e mistas não é visto como irregularidade no Brasil, nem a barganha destes cargos em troca de apoio político. Aqui no Brasil esta forma de corrupção é considerada legal, e completamente aceita. A tomada do STF foi apenas uma questão de tempo, de vez que os ministros são indicados pela Presidência da República, e basta que as sucessões aconteçam naturalmente e os candidatos sejam aprovados em sabatina do Poder Legislativo para que tudo se aperfeiçoe. Para se ter, nestas condições, um ministro que vote contra os interesses do Partido no poder, é mera questão de sorte. Nas Forças Armadas acontece a mesma coisa, o comando vai sendo escolhido a dedo pelo alinhamento ideológico, e, novamente, é mera questão de tempo até haver um aparelhamento completo. Aqui no Brasil algumas empresas, como a EBCT, já estão totalmente tomadas por membros do ParTido. A corrupção, que é uma tradição histórica do Brasil, deixou de ser aquela do "cafezinho", da "gorjeta", e passou a ser regra fundamental para acesso a qualquer contrato com a administração pública. O dinheiro da corrupção passou a ser distribuído organicamente, os custos de todos os serviços e bens oferecidos à administração pública foram inflacionados a patamares inimagináveis.

Uma vez no controle dos bancos públicos, iniciou-se um projeto de desvio de dinheiro público em quantias absurdas, destinados a contratos de projetos a serem realizados no exterior, por algumas empresas brasileiras escolhidas a dedo. O Tribunal de Contas da União perdeu acesso às contas deste dinheiro. Simultaneamente iniciou-se o perdão de dívidas de republiquetas latino americanas e africanas, sendo importante anotar a entrega das instalações da Petrobrás na Bolívia, uma doação de Lula a Evo Morales, que se perpetua mediante novos contratos que incluem a doação de dinheiro sem explicações plausíveis. Os fundos de pensão administrados pelo PT adquirem títulos da dívida pública venezuelanos e argentinos, dinheiro dispendido a fundo perdido. Ao contrário do que se imagina, o prejuízo não é apenas das empresas públicas envolvidas, ou dos pensionistas: Este dinheiro foi retirado das Bolsas de Valores Brasileiras, este dinheiro deixou de circular e gerar riquezas no país, e foi despejado no poço sem fundo de economias em estágios mais avançados de, como posso chamar, 'venezuelização'.

Uma vez eu participei de uma reunião de comerciantes, que estavam preocupadíssimos com uma inadimplência que chegava a "apocalípticos¨ 4%... Hoje, o mesmo grupo lida com uma inadimplência de mais de 40%. O governo federal, a fim de criar uma ilusão de ascensão dos pobres à classe média, iniciou um processo de liberação de crédito a consumidores sem a menor condição de adimplência, e isto inundou temporariamente a economia com dinheiro. Se você não sabe, precisa compreender que DINHEIRO é algo que não existe, não em nosso sistema monetário. Nosso dinheiro é criado a partir de Títulos de Dívida Pública, por um método denominado Sistema de Reserva Fracionário. A primeira parte deste vídeo explica este sistema de forma bem didática. Adolf Hitler levantou a economia da Alemanha, retirando da maior recessão e inflação do Sec. XX, simplesmente banindo o sistema de reserva fracionária, e atrelando o valor da moeda ao trabalho e aos bens produzidos - moeda de valor real, impossível de se inflacionar, e que destruía todo o sistema de juros bancários sobre o qual o sistema de um Banco Central se lastreia. Cornelius Carl Veith disse, em 1949, que a Segunda Guerra Mundial nasceu justamente porque o sistema bancário internacional, que financiara Hitler anteriormente, em determinado momento enviou um ultimato para Hitler abandonar o sistema de moeda de valor real, sob pena de isto ser considerado um ato de guerra. Mas o que importa, é que o sistema permite que o governo emita dinheiro a partir de políticas públicas (dinheiro totalmente inflacionário), e se este dinheiro, que é distribuído à população através de endividamento individual, não é pago, o único resultado possível é uma recessão. Ou estagflação, no nosso caso.

Funciona assim: o camarada, por falta de educação financeira, já vinha a anos fazendo suas compras de supermercado e seu consumo mensal no Cartão de Crédito, e isto significava que, em muitos casos, os compromissos de um mês inteiro estavam protelados/comprometidos. Além de não ter reservas, tinha dívidas, que nunca lhe preocuparam pelo fato de ter o seu salário, e vir pagando seus compromissos. Mas esse cidadão não conseguia comprar um carro novo, uma geladeira duplex, um TV de tela plana, etc. Nem muito menos sua casa própria.

Lula ganhou sua primeira eleição, e conseguiu se reeleger. Para colocar sua Avatar no poder, criou a ilusão do Pré-Sal, o prefácio do maior escândalo da história do Brasil.

Para que Dilma fosse reeleita, houve uma super oferta de crédito popular, onde SEM ACRESCENTAR NEM UM ÚNICO CENTAVO À RENDA DO TRABALHADOR, todos de repente estavam de casa nova, carro novo, mobílias e eletrônicos típicos de profissionais de classe média. Foi criada a ilusão de uma nova classe média ascendente. Esta ilusão não se sustentou, porque a imensa maioria destes novos consumidores, teve que optar por comprar COMIDA, ao invés de pagar as novas prestações recém assumidas. Foi Keynes aplicado sob a ótica de Karl Marx - fuderam a economia brasileira.

A economia funciona circularmente. A fábrica produz, o comércio vende, o consumidor trabalha e compra o bem. Mas quando a fábrica produz, gera emprego e paga impostos, o comércio idem. Se o consumidor perdeu sua capacidade de compra, o comércio fica estagnado, e a fábrica para. Quem trabalhava no comércio e na indústria, que também era consumidor, fica desempregado, e isso pressiona ainda mais a desaceleração da atividade econômica.

Se  uma empresa multinacional investiu em uma fábrica no país, e vê a crise como fruto de uma anomalia temporária, aceita trabalhar com prejuízos durante algum tempo, para não perder todo o investimento, sendo o principal deles a formação de mão de obra especializada, pois é o de mais difícil reposição. Quando uma empresa assume perder todo o seu investimento, e sair do país, é porque não existem perspectivas a médio e longo prazo, ou pior, já se sabe que irá acontecer uma "socialização dos meios de produção". E como se pode ter certeza a este respeito? Simples. Estudando história, e comparando a experiência humana com os fatos presentes.

O desinvestimento não é causa, é consequência. Mais do que isso, é o sinal de que a implantação do comunismo bolivariano no Brasil não é apenas uma hipótese distante. O fato de não se prender e retirar imediatamente os direitos políticos de um personagem como o ex-presidente Lula indicam não uma simples omissão, mas sim uma razoável certeza de que aquele que o fizer, será perseguido em um futuro próximo nos moldes estabelecidos por todos os governos ditatoriais do planeta.

Assim como os policiais, promotores e juízes nazistas foram todos expostos no fim daquele regime, os profissionais de hoje sabem que estão sob risco de o serem após a entrada do comunismo bolivariano em definitivo no Brasil.

O brasileiro não vê isso. Ele vê que entra em um supermercado, o ar condicionado está bem regulado, as frutas estão frescas, e ninguém ao seu redor está preocupado.

As empresas multinacionais veem mais. E reagem estrategicamente.

Brasileiros se movem, querendo o impeachment da presidente da república (tudo minúsculo). Empresas sabem que a tomada gramsciana já foi feita, e que já não é tão importante hoje QUEM está no cargo de Presidente da República.

Por isso ocorrem os desinvestimentos.



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